Aos poucos o otimismo está voltando ao mercado brasileiro, enquanto aumentam as indicações de que o pior da crise política passou, leia-se: diminuíram as chances de impeachment de Lula. De fato não há motivos para crer que "sairemos dessa crise melhores do que entramos" ou que "passaremos o país a limpo", como os mais ingênuos ou esperançosos gostam de pensar. Estamos indo novamente rumo a uma "saída à brasileira", onde os políticos negarão até o fim a possibilidade de um acordo político que viabilize a sobrevivência geral, enquanto na verdade trabalham freneticamente nos bastidores para que isso se concretize. Não sem antes, lógico, encontraram alguns "bois-de-piranha" aqueles deputados insignificantes que serão cassados e mostrados à população como sinal da "mudança rumo à moralidade pública". E no final, nada de reforma política...questão de tempo para que um novo escândalo estoure. Ruim para o país, ruim para a sociedade, mas bom para o mercado. Triste, mas infelizmente as coisas são assim. E antes que entupam a minha caixa postal de e-mails, vou logo avisando: estou apenas descrevendo o que acho que vai acontecer, não o que eu gostaria que acontecesse.
O destaque político do dia foi a renuncia do Deputado Valdemar Costa Neto, presidente do PL, enquanto que pelo lado econômico a surpresa veio do estupendo saldo da balança comercial, quase US$ 2bi na última semana, e mais de US$ 5bi em agosto. Amanhã teremos as atenções voltadas para o confronto Dirceu x Jefferson. A lona já está armada.
Pelo lado externo tivemos a divulgação do ISM, indice que mostrou que a atividade industrial americana vai muito bem, obrigado. Outro destaque foi a morte do Rei Fahd, da Arábia Saudita, atribuída como a causa de novo recorde no preço do petróleo.
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