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Segundo autoridades

74 corpos de passageiros do AF 447 ficarão no mar

BBC Brasil
07 jun 2011 às 12:53

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Setenta e quatro corpos do voo AF 447 da Air France, que caiu no Atlântico em 2009 com 228 pessoas a bordo, ficarão definitivamente no fundo do mar, segundo as autoridades francesas.

A operação de resgate dos restos mortais, iniciada em maio, foi encerrada na última sexta-feira (3).

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O mesmo robô utilizado para recuperar os corpos, situados a 3,9 mil metros de profundidade, depositou no fundo do oceano, na área dos destroços, uma placa com a inscrição "em memória às vítimas do acidente com o voo AF 447", escrita em português, francês e inglês.

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Em uma carta enviada aos familiares, o governo francês informa que, no total, 104 corpos "suscetíveis de serem identificados" foram retirados do oceano durante essa quinta fase de buscas.

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Logo após a catástrofe, em 31 de maio (hora de Brasília) de 2009, 50 corpos que estavam flutuando no mar haviam sido resgatados, sendo 20 deles de brasileiros.


No total, portanto, 154 corpos dos 228 que estavam a bordo do avião puderam ser retirados do oceano.

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"Todos os corpos que podiam ser resgatados conforme os critérios definidos pela carta dos juízes em 10 de maio e verificados pelas equipes de legistas, o foram", diz a nota enviada às famílias das vítimas.


Identificação

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Os juízes responsáveis pelo processo na França haviam informado os familiares, em 10 de maio, que apenas os corpos que não estivessem muito degradados e que "pudessem ser entregues decentemente às famílias" poderiam ser resgatados.


No entanto, a decisão foi criticada pelos familiares, principalmente no Brasil.

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O navio Ile de Sein deixou o local do acidente, a cerca de 1,1 mil quilômetros da costa brasileira, na sexta-feira passada, um dia antes do previsto.


Agora, ele segue para Las Palmas, na Espanha, e deverá atracar no porto do Bayonne, no sudoeste da França, em meados de junho, segundo informações obtidas pela BBC Brasil.

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Os corpos serão transferidos para um instituto médico legal na França (o nome da cidade ainda não é conhecido) para o início da identificação das vítimas, que será feita elos peritos do Instituto de Pesquisas Criminais da Polícia Militar francesa (IRCGN, na sigla em francês).


O instituto, que já atuou em 38 grandes catástrofes, dispõe até o momento do DNA dos parentes das vítimas europeias.

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A transferência à França do material genético dos parentes brasileiros será realizada pela Interpol, que preferiu não comentar à BBC Brasil se já teria efetuado essa solicitação às autoridades brasileiras.


Um relatório intermediário sobre as causas do acidente deverá ser divulgado no final de julho, segundo o Escritório de Investigações e Análises (BEA, na sigla em francês).


Mas o relatório definitivo, com as conclusões sobre o acidente, só será publicado no início de 2012.

Até lá, os investigadores examinarão detalhadamente os 1,3 mil parâmetros do voo gravados por uma das caixas-pretas, como também as duas horas de conversas dos pilotos e de sons da cabine gravados pela segunda, e analisarão ainda as peças do avião resgatadas, como os computadores de bordo, motores e partes das asas.


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