O acidente entre dois trens no ramal de Japeri, em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, que deixou oito mortos e 101 feridos, no dia 30 de agosto, foi provocado por falha humana. Esta é a conclusão do laudo da comissão técnica designada pela SuperVia - concessionária que administra as linhas de trens urbanos do Rio de Janeiro - apresentado nesta segunda-feira (10) pela diretoria da empresa. A informação é do G1.
De acordo com o diretor operacional, João Gouveia, o controlador e o maquinista cometeram uma seqüência de cinco erros:
1 - O controlador não reteve o trem na estação de Comendador Soares enquanto a outra composição fazia uma manobra cruzando a via.
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2 - O maquinista do trem de passageiros ultrapassou a velocidade máxima permitida, que era de 60km/h. Houve excesso de velocidade, com o trem chegando a 76km/h.
3 - O maquinista não teria respeitado o sinal amarelo para reduzir a velocidade, mantendo a distância de segurança.
4 - O quarto erro ocorreu quando o controlador pediu que o trem de carga mudasse de rota, mesmo quando a distância entre os dois este e o trem de passageiros era menor do que a permitida para a manobra.
5 - O maquinista ultrapassou o sinal vermelho.
A direção da SuperVia negou que o maquinista, com 27 anos de experiência, e o controlador, com 12, estariam trabalhando sob pressão ou com carga horária excessiva. Uma equipe vai se reunir nesta terça-feira (11) para decidir que tipo de punição será aplicada aos dois funcionários.
O presidente do Sindicato dos Ferroviários, Walmir de Lemos, entretanto, disse que não aceita o laudo divulgado pela Supervia, e defendeu a criação de uma comissão independente, com representantes de diversos setores, como por exemplo, o Ministério Público Estadual, a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria de Transportes.
Indenizações - A empresa informou que cinco pessoas continuam internadas. Ainda segundo a direção da SuperVia, estão avançadas as negociações para indenizar os feridos e familiares das vítimas. Quarenta reuniões devem acontecer até o dia 14 de setembro e três acordos foram fechados, um de uma pessoa morta e as outras duas de acidentados.