Clodoaldo Carlos Batista ("Eduardo") e Rayfran das Neves Sales ("Fogoió"),a cusados pelo assassinato da missionária Dorothy Stang, 73, no último dia 12 mencionaram o envolvimento do prefeito de Anapu, Luiz dos Reis Carvalho (PTB), quanto ao pagamento de um advogado para defendê-los.
Segundo os acusados, o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura teria dito que o prefeito ajudaria no rateio da recompensa pelo crime e que ele fazia parte de uma lista de pessoas que estavam interessados na morte da freira.
"O Rayfran e o Clodoaldo reconhecem que, quando chegaram à fazenda do Bida (Vitalmiro Bastos de Moura), o mandante, ele teria dito para que fugissem para a floresta e, se fossem presos, negassem que tanto ele quanto o Tato (Amir Feijoli da Cunha) tiveram participação no crime. Também, que eles arrumariam um advogado na ordem de R$ 50 mil a R$ 100 mil para custear isso.
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E que fariam uma coleta, não especificou entre quem, mas uma coleta para recolher este dinheiro. No momento em que se falou de coleta, se falou também no nome do prefeito", relatou Demóstenes Torres.
A comissão pede nesta segunda-feira (28) o encerramento do inquérito policial que apura o caso para que seja remetido à justiça estadual, inviabilizando assim que se impetre um hábeas-corpus, que pode livrar os presos.
Além disso, os senadores informaram que autos complementares de inquérito policial serão instaurados tanto pela polícia civil quanto pela federal.
Sobre as acusações, o prefeito de Anapu, Luiz dos Reis Carvalho disse que os presos não disseram a verdade. "Acho que foram muito infelizes no que disseram. Fiquei muito indignado ao saber. Não conheço os assassinos, conheço o Bida. Se ele estiver na cidade, eu sei quem é ele", disse o prefeito, que participa da audiência pública na Câmara dos Vereadores local.
Na próxima quarta-feira (02), a comissão realiza uma audiência pública em Brasília, da qual participam os ministros do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, do Meio Ambiente, Marina Silva, os presidentes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, e do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Marcos Barros.
>>Informações da ABr