A adolescente de 15 anos, única sobrevivente da família que morreu por envenenamento de arsênico em Campinas (95 km a noroeste de São Paulo), gravou um vídeo antes de fugir. A fita foi encontrada no quarto em que ela estava hospedada, desde o início de fevereiro, na casa da avó materna.
Segundo o delegado Cláudio Alvarenga, que comanda as investigações do caso, na fita, ela diz que 'não teria coragem de fazer isso [envenenar] com ninguém'.
A jovem está desaparecida desde a tarde de segunda-feira (21), quando foi vista no velório da avó paterna --que morreu vítima de um ataque cardíaco no domingo (20).
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Em depoimento à Polícia Civil, ainda segundo o delegado, a avó materna, com quem a adolescente estava morando, afirmou tê-la visto com jóias pertencentes à mãe e à irmã e R$ 600 em dinheiro. O advogado nega a informação. Na fuga, ela teria levado ainda roupas e uma mochila.
Na ocasião, ao perceberem a fuga, os familiares teriam acionado um chaveiro para abrir o cômodo, que estava trancado, e afirmado acreditarem que ela havia fugido pela janela.
O médico homeopata Hudson da Silva Carvalho, a mulher dele Thelma Migueis e a filha mais velha, de 17 anos, morreram por envenenamento no final do mês passado. A filha mais nova também foi internada, mas sobreviveu.
Um laudo do Instituto Adolfo Lutz feito na urina das duas filhas indicou a presença do veneno.
O advogado da família afirmou que a adolescente pode sofrer "atrofiamento dos membros periféricos" caso não seja submetida a um tratamento com urgência.
Fonte: Folha Online