Um brasileiro de 16 anos estava entre as vítimas resgatadas nesta terça-feira, no centro de Madri, de uma rede de prostituição masculina desbaratada pela polícia local.
A polícia espanhola anunciou a prisão de mais cinco integrantes da rede, na segunda fase da operação que começou no dia 31 de agosto, quando 14 pessoas haviam sido presas.
A rede atraía suas vítimas, em sua maioria brasileiros, com passagens de avião e promessas de trabalho na Europa, mas eles eram obrigados a se prostituir para pagar dívidas com transporte, acomodação e alimentação.
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Segundo a polícia da Espanha, o adolescente brasileiro foi localizado em um dos apartamentos usados pela gangue em Madri.
Ele estaria no local havia três semanas. De acordo com a polícia, a foto do adolescente chegou a ser publicada em um site na internet com propaganda de serviços sexuais.
O adolescente foi colocado à disposição das agências de proteção ao menor da Espanha, que devem tentar identificar se ele tem familiares na Espanha. Por ser menor de idade, ele não pode ser deportado mesmo se estiver em situação ilegal no país.
Dos cinco responsáveis pela rede presos nesta terça-feira, dois eram chilenos, um colombiano, um venezuelano e um equatoriano.
Entre os 14 presos na semana passada, dez eram brasileiros, incluindo um de codinome "Lucas", identificado como o líder da rede de exploração sexual.
Internet
Segundo a polícia, os homens traficados pela rede eram distribuídos por diferentes apartamentos ao chegar à Espanha e tinham que ficar disponíveis para programas 24 horas por dia.
Seus serviços sexuais, em casas de encontros ou a domicílio, eram oferecidos em anúncios na internet.
Eles eram obrigados a dar à rede 50% do que recebiam com os programas e pagar pelo alojamento e alimentação, além de quitar a dívida da passagem e do transporte.
De acordo com as autoridades policiais, os homens que se recusavam a cumprir as ordens da gangue ou causavam algum problema eram submetidos a ameaças de morte.