Autoridades de China, EUA e Coreia do Sul afirmaram nesta terça-feira (29) terem detectado radiação vinda do Japão.
A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos disse ter detectado indícios de radiação na água da chuva de diferentes Estados americanos, como Alabama, Califórnia, Havaí, Idado, Nevada, Washington, e em territórios do país como Ilhas Mariana do Norte e Guam.
A agência divulgou comunicado no qual afirma que ''a quantidade de isótopos radiativos é condizente com o incidente nuclear japonês'', em referência às explosões que ocorreram na usina de Fukushima Daiichi, pouco após o tsunami e o terremoto que abalaram o Japão no último dia 11 de março. A agência acrescentou, entreanto, que eles não constituem um perigo para a saúde.
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Já o Ministério da Proteção Ambiental da China disse que doses ''extremamente baixas'' do iodo-131, um material radioativo, têm sido encontrados nas zonas costeiras do país, como Guangdong, Jiangsu, Xangai, Zhejiang, Anhui e Guangxi.
O ministério já havia detectado vestígios de material radioativo no ar da província de Heilongjiang, no nordeste do país.
Mas as doses encontradas, de acordo com o ministério, foram tão pequenas que não representam ameaça para a saúde pública. O ministério chinês afirmou ainda que não seria necessária a adoção de qualquer medida especial.
Veto
A China vem realizando testes na água e em alimentos para monitorar níveis de radiação. Permanece em vigor a proibição da importação de certos produtos importados japoneses.
No Vietnã, o jornal Thanh Nien relatou que cientistas vietnamitas também encontraram pequenas quantidades de radiação no ar do país.
O Instituto Sul-Coreano de Segurança Nuclear disse que detectou vestígios de iodo-131 em Seul e em sete outros lugares no sul da Coréia do Sul.
Um funcionário do Ministério da Agricultura disse à agência de notícias AFP, entretanto, que "nenhum vestígio de radiação tem sido encontrado até agora, quer no nosso próprio peixe ou os importados do Japão".
Plutônio
A empresa japonesa Tokyo Electric Power (Tepco), que administra a usina nuclear de Fukushima Daiichi, anunciou na segunda-feira que técnicos detectaram plutônio no solo de cinco locais da usina Fukushima Daiichi.
A Tepco afirmou que o nível de plutônio encontrado não oferece risco à saúde. Mas a empresa disse que reforçará o monitoramento do ambiente dentro e nos arredores de Fukushima Daiichi.
As autoridades japonesas anunciaram horas antes que água com alto teor de radiação havia sido encontrada pela primeira vez do lado de fora de um dos reatores da usina nuclear.
A Agência de Segurança Nuclear e Industrial do governo disse que a Tepco precisará retirar mais água contaminada que vaza de um túnel ligado ao reator número 2.
O vazamento da usina elevou os temores de uma possível contaminação ambiental provocada por líquidos radioativos que estariam escapando do local.
A água contaminada foi encontrada em um túnel subterrâneo que tem uma das entradas localizadas a apenas 55 metros do mar.
Mas a Tepco afirmou que não há indícios de que a água contaminada tivesse chegado ao mar.