Segundo a Organização Mundial da Saúde, as doenças cardiovasculares já são uma das principais causas de morte em diversos países e o principal motivo é, justamente, altos índices de gordura no sangue.
Segundo informações da Expressa Comunicação, nos Estados Unidos, doenças do coração são a principal causa de morte, de acordo com a American Heart Association. Já no Brasil, estima-se que 20 milhões de pessoas sofram de dislipidemia – doença que se caracteriza pelos elevados índices de gordura no sangue, o popular colesterol.
"O surgimento de alguma doença cardíaca está intrinsecamente ligado aos níveis de colesterol que cada pessoa possui e da associação com outros fatores de risco de doenças cardiovasculares", explica o cardiologista do Hospital Ecoville, José Antônio da Silva.
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O colesterol alto não é prejudicial apenas para o coração: a gordura pode ficar acumulada em qualquer ponto do sistema circulatório, ocasionando uma série de doenças. "Ao serem oxidadas, as moléculas de colesterol estimulam o início da formação das placas ateroscleróticas, que ‘endurecem’ nossas artérias e podem se romper, provocando infarto agudo do miocárdio, disfunção erétil e acidentes vasculares cerebrais (derrames)", alerta o cardiologista.
Nosso organismo também produz o "bom colesterol", o HDL, que ajuda a combater o colesterol ruim (LDL). O médico orienta que o colesterol total nunca deve passar de 200. "Os níveis de colesterol aceitos são abaixo de 200 para colesterol total, abaixo de 100 para LDL (mau colesterol), acima de 40 para o HDL e triglicerídeos até 150".
Tratamento para o colesterol
O tratamento mais eficaz para o colesterol alto é alimentação balanceada e exercícios físicos regulares. "Em alguns casos, medicamentos para controlar os níveis de colesterol são receitados, mas é importante que seja feita uma reeducação alimentar e que a prática de exercícios seja incentivada. É fundamental também suspender o fumo e tomar cuidado com o álcool", enfatiza o cardiologista.
O colesterol ruim é fartamente encontrado em vísceras como fígado, coração e rim, carnes bovina e suína com gordura aparente, aves com pele e embutidos como lingüiça, salsicha e salame. "Ovo, leite integral e queijos gordurosos (provolone, catupiry, mussarela) também são fontes do LDL", enumera a nutricionista do Colégio Brasileiro de Estudos Sistêmicos (CBES), Eda Maria Scur.
"Devemos limitar nossa ingestão de colesterol em menos de 300 mg por dia. Gorduras saturadas devem ser menos de 7% e gorduras trans apenas 1% na nossa alimentação", completa José Antônio.