A Colômbia aceitou a proposta apresentada hoje (26) pelo presidente venezuelano Hugo Chávez para libertação de três reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Durante entrevista coletiva realizada poucas horas antes, Chávez havia declarado estar apenas aguardando a autorização do governo do país vizinho para executar o acordo assinado uma semana antes com o comando da guerrilha.
O grupo guerrilheiro anunciou na semana passada que iria entregar ao presidente venezuelano, em local não informado, a assessora da ex-candidata à presidência da Colômbia Ingrid Betancourt, Clara Rojas; o filho de três anos da assessora e a ex-deputada Consuelo Gonzáles. Consuelo foi sequestrada em 2003. Clara, em 2002. Seu filho, Emmanuel, é fruto da relação com um integrante das Farc e nasceu no cativeiro.
Para ingressar em território colombiano, os aviões ou helicópteros venezuelanos utilizados na operação de resgate deverão estar identificados com emblemas da Cruz Vermelha Internacional. Esta foi a única condição imposta pelo presidente Alvaro Uribe.
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Durante a coletiva desta tarde, Chávez declarou que, caso recebesse a autorização do governo colombiano até a noite de hoje, a operação poderia começar já na manhã do dia seguinte. E que, no mais tardar, até a noite os três reféns libertados estariam em Caracas.
Chávez declarou ainda que, ao longo das negociações com as Farc, surgiram planos para que os reféns fossem entregues às forças venezuelanas em locais clandestinos, mas foram descartados por envolver "demasiados riscos".
Embora o local exato seja uma incógnita, Chávez adiantou que os reféns devem ser entregues perto do ponto proposto pelas Farc, a cidade de Villavicencio, no estado colombiano de Meta, no centro do país.
Segundo informações da agência Reuters, as Farc poderão libertar os reféns já nesta quinta-feira (27). A revelação foi feita por um membro da comissão internacional que vai monitorar a operação liderada pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez.
"Viajaremos até a Colômbia nesta quinta-feira de manhã. Esperamos chegar ao local da troca no mesmo dia, e à noite entregar os reféns a suas famílias em Bogotá, Colômbia", disse hoje Gustavo Larrea, representante do Equador na comissão da libertação.