O atual conflito no Sudão já obrigou 334 mil pessoas a fugir de suas casas, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (2) pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Desse total, estima-se que mais de 100 mil indivíduos escaparam para países vizinhos. Segundo Olga Sarrado, porta-voz do Acnur (Alto Comissariado da ONU para Refugiados), "mais de 800 mil pessoas" podem fugir do Sudão devido aos combates entre as Forças Armadas e paramilitares.
De acordo com Jens Laerke, porta-voz do escritório humanitário das Nações Unidas em Genebra, apenas 14% da quantia de US$ 1,75 bilhão pedida para financiar programas de ajuda ao país africano foi garantida até o momento. "Em outras palavras, temos um déficit de financiamento de US$ 1,5 bilhão”, acrescentou.
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O conflito no Sudão opõe os generais Abdel Fatah al-Burhan, chefe das Forças Armadas, e Mohamed Hamdan Dagalo, mais conhecido como Hemedti e líder do grupo paramilitar FAR (Forças de Apoio Rápido).
Antigos aliados, os dois se distanciaram em meio a acusações mútuas de tentativas de concentrar o poder. Enquanto Hemedti denuncia uma tentativa de restaurar o antigo regime que sustentava “o ditador Omar al-Bashir, Burhan quer integrar as FAR no Exército para reduzir a autonomia do grupo.