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Depressão pós-parto existe, é perigosa e tem tratamento

04 mai 2006 às 16:00

Os sintomas mais comuns da depressão pós-parto são desânimo, insônia, apatia, falta de alegria, de apetite, de desejo sexual, falta de vontade até mesmo de fazer coisas simples como tomar banho, assistir televisão ou ler um jornal, ou seja, basicamente uma diminuição geral do nível de energia da pessoa. Esses sintomas também podem surgir acompanhados de pensamentos pessimistas e repetitivos que não saem da cabeça. A pessoa perde o interesse por coisas que gostava de fazer ou por pessoas com as quais gostava de conviver. Podem aparecer ainda ataques de ansiedade com sudorese, palpitações e tremor, verdadeiros ataques de pânico.

Quando a depressão pós- parto vem acompanhada de pensamentos obsessivos, o tratamento deve ser levado a sério, pois existem casos extremos que levam a pessoa a cometer crimes bárbaros. Geralmente são pensamentos insistentes como poder fazer mal ao bebê, machucá-lo com objetos pontiagudos ou fazer mal a si mesmo. Problemas que antes eram resolvidos com facilidade se tornam tarefas pesadas e difíceis. São comuns acontecerem crimes bárbaros desta natureza.


Como isso ocorre numa época especialmente trabalhosa, com a chegada do bebê, toda essa a sensação de insuficiência e incapacidade é canalizada pela mãe, que não se acha apta para cuidar do bebê, se culpa por estar dando trabalho a outras pessoas, se auto-recrimina por não conseguir gostar do bebê como deveria, etc. Mais um fator para aumentar a sensação de culpa, é que as pessoas esperam que a jovem mãe esteja muito feliz nessa fase de sua vida, o que não é o caso durante a depressão pós-parto. Injustamente acusam a paciente com depressão de ser temperamental, mimada, imatura ou despreparada para ser mãe, mal acostumada, etc.


Entre tantos transtornos emocionais, ainda existem os visuais, como a pele que pode ficar ruim, os cabelos fracos, as unhas quebradiças, a boca seca, o intestino mais preso ou mais solto, que contribuem ainda mais em agravar o psicológico já afetado.


O Tratamento é feito com antidepressivos e psicoterapia. Quem teve depressão puerperal uma vez, provavelmente também terá na próxima gravidez ou no próximo parto, mas é perfeitamente possível fazer um tratamento preventivo, portanto nada impede a mulher de engravidar novamente.


Fatores que contibuem ao aparecimento da depressão pós-parto

Falta de suporte emocional, familiar e social; eventos de vida negativos durante a gravidez ou próximos ao parto; problemas pessoais, emocionais da mãe com relação à maternidade; gravidez não planejada ou não desejada; dificuldades conjugais; existência de fases depressivas anteriores; existência de doenças psiquiátricas durante a gravidez; existência de Depressão em pessoas da família; problemas da Tireóide; ataques de Pânico após a gravidez; e bulimia ou anorexia.


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