Os governos de Equador e Chile determinaram nesta sexta-feira a saída de moradores de áreas na costa que podem ser afetadas por um tsunami desencadeado pelo terremoto que atingiu nesta sexta-feira o Japão.
O presidente equatoriano, Rafael Correa, decretou estado de emergência e pediu para que os moradores das Ilhas Galápagos e de cidades litorâneas no continente busquem locais mais altos.
O governo determinou ainda o fechamento de escolas e afirmou que os militares irão proteger propriedades que terão de ser abandonadas por seus proprietários.
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Entre as cidades situadas no litoral equatoriano estão a mais populosa do país, Guayaquil. As Ilhas Galápagos são um patrimônio da Unesco e um popular destino turístico situado a cerca de mil quilômetros da costa do continente.
Chile
O forte tremor que atingiu o Japão nesta sexta-feira gerou um alerta de ondas gigantes para os países banhados pelo Oceano Pacífico.
O Centro de Alertas de Tsunami do Pacífico dos Estados Unidos divulgou um alerta dizendo que a gigantesca onda pode chegar ao Chile, ao Equador, à Colômbia e ao Peru, além de outros 16 países.
O Chile planeja evacuar moradores e turistas da capital da Ilha de Páscoa, Hanga Roa, no sul do Oceano Pacífico.
Um centro de evacuação foi levantado no aeroporto da ilha, a cerca de 45 metros acima do nível do mar, para receber as cerca de cinco mil pessoas que eram esperadas.
México
Há expectativa também de que o tsunami atinja dentro de algumas horas a costa oeste do México.
Autoridades de Estados da região esperam que haja uma elevação das ondas em Estados como Jalisco, Guerrero e Baja Califórnia Sur.
Mas não ainda previsões por parte do governo de que habitantes venham a ser evacuados.
O Estado da Baja Califórnia Sur pode ser o primeiro a ser atingido, mas as autoridades locais disseram não esperar que o tsunami cause grandes estragos, baseado em experiências similares anteriores.
Por ocasião do mais recente tsunami, em 2004, que afetou áreas do Extremo Oriente, o nível do mar do México teve uma elevação de um metro, em média.
Havaí e Rússia
O Estado americano do Havaí também determinou que moradores fossem retirados de regiões que poderão ser atingidas pelas ondas gigantes.
Os aeroportos de três grandes ilhas que constituem o arquipélago, Maui, Kauai e a ilha principal, também chamada de Havaí, foram fechados por medida de precaução.
A Marinha americana determinou que navios de guerra em Pearl Harbor permaneçam no porto, a fim de que possam participar de missões de resgate se necessário.
O tsunami ameaça ainda países mais próximos do Japão, como Filipinas e Rússia.
Representantes do governo da Rússia nas Ilha Sacalina, no extremo leste do país e ao norte do Japão, promoveram a retirada de cerca de 11 mil moradores na região costeira.
Autoridades das Filipinas também ordenaram a evacuação de comunidades na região costeira ao leste do país.
'Amplo estrago'
De acordo com o boletim do Centro de Alertas de Tsunami do Pacífico, a alta magnitude do tremor e leituras dos níveis do mar indicam que o tsunami pode causar ''amplo estrago''.
A entidade define um tsunami como uma série de ondas. A primeira onda a atingir uma região não precisa, necessariamente, ser a mais forte.
O tamanho da ondas de um tsunami não pode ser previsto e a proporção pode variar significativamente ao longo de uma região costeira devido a efeitos locais.
O intervalo entre uma onda de tsunami e outra pode variar de cinco minutos a uma hora e a ameaça de novas ocorrências pode continuar por várias horas.
A ameaça só é considerada encerrada, quando grandes ondas deixam de ser registradas por um período de duas horas após o horário estimado para a chegada da primeira onda ou para a primeira leva de grandes ondas.