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Em Cuba

Fidel Castro renuncia à direção do Partido Comunista

BBC Brasil
19 abr 2011 às 10:44

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- Reprodução
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O ex-presidente e líder histórico da revolução comunista de Cuba, Fidel Castro, confirmou sua renúncia à direção do Partido Comunista - seu último alto cargo político no país - e afirmou que não concorrerá a qualquer posição na agremiação política.

O anúncio de Fidel coincidiu com o 6º Congresso do PC cubano, que está sendo realizado nesta semana.

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Fidel, de 84 anos, exercia o cargo de primeiro-secretário do partido desde sua criação, em 1965. Espera-se que seu irmão, o presidente Raúl Castro, o suceda na chefia do partido. A grande expectativa agora é saber quem ocupará o cargo de segundo-secretário do PC cubano, que será visto como possível futuro presidente cubano.

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Em sua coluna Reflexiones, publicada nesta terça-feira no site oficial Cubadebate, Fidel afirma que seu irmão, o presidente Raúl Castro, sabia que ele não aceitaria mais qualquer cargo no partido:

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"Funções que, como se sabe, eu deleguei quando fiquei gravemente doente. Nunca tentei e nem podia exercê-las fisicamente, mesmo quando havia recuperado consideravelmente a capacidade de analisar e escrever'', afirmou.


Fidel afirma no texto que há ''companheiros que, por seus anos ou por sua saúde, não poderiam prestar muitos serviços ao partido, mas Raúl pensava que seria muito duro exclui-los da lista de candidatos. Não hesitei em sugerir que não se exclua esses companheiros de tal honraria, e acrescentei que o mais importante era que eu não aparecesse nessa lista''.

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Fidel ainda saudou a ideia de seu irmão de ampliar a presença de mulheres e negros na cúpula do partido.


Mudanças

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A decisão de Fidel foi informada horas depois de o Partido Comunista ter anunciado um plano de reformas econômicas com as quais Raúl Castro pretende ''atualizar'' o modelo socialista do país.


As mais de 300 iniciativas apresentadas no congresso incluem reforma agrária, desburocratização da administração pública - com a redução do setor e a amplição de direitos cedidos à inciativa privada, como, por exemplo, o direito ao autoemprego.

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Algumas destas medidas, na prática, já estão em vigor há alguns meses.


Uma das medidas mais importantes anunciadas no congresso é a de que, pela primeira vez desde a revolução de 1959, cubanos poderão comprar e vender seus imóveis.

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Nos últimos 50 anos, só era permitido passar propriedades para os filhos ou trocá-las através de um sistema complicado e muitas vezes corrupto.


Raúl Castro alertou que a concentração de terras não será permitida, mas nenhum detalhe do novo sistema foi divulgado.

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'Rejuvenescimento'


Durante o congresso, Raúl Castro também disse que altos cargos políticos serão limitados a dois mandatos de cinco anos e prometeu o "sistemático rejuvenescimento" do governo.


Ele disse que a liderança do partido precisa de renovação e que deveria se submeter a uma severa auto-crítica.


A proposta é sem precedentes para o comunismo cubano.

A mídia estatal também informou que os integrantes do partido votaram por uma nova liderança, mas os resultados não foram imediatamente divulgados.


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