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Estudo japonês

Forte TPM prolonga sintomas ao longo do ciclo

BBC Brasil
20 dez 2007 às 11:43

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TPM causa vários transtornos emocionais - Reprodução
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Um estudo conduzido por pesquisadores japoneses aponta que mulheres com Transtorno Disfórico Pré-Menstrual - uma espécie de TPM mais severa - têm mais tendência a sofrer das instabilidades emocionais características do período ao longo de todo o ciclo menstrual.

Os cientistas da Universidade Internacional Budista de Osaka explicam que a TPM (tensão pré-menstrual) está diretamente ligada à diminuição da atividade do sistema nervoso autônomo, responsável pelo equilíbrio emocional, e à hipersensibilidade do organismo feminino à progesterona, hormônio liberado logo após a ovulação.

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Com a baixa do sistema nervoso autônomo e a reação à progesterona, as mulheres ficam mais vulneráveis a sintomas como depressão, irritabilidade, fadiga, falta de concentração, inchaço abdominal e dos seios, nos dias anteriores à menstruação.

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O estudo, publicado na revista científica BioPsychoSocial Medicine, avaliou a variação dos batimentos cardíacos e os níveis hormonais de 62 mulheres e aplicou questionários para analisar os seus sintomas físicos, emocionais e comportamentais.


Os pesquisadores observaram que as mulheres afetadas pela TPM manifestaram um declínio da atividade nervosa na última fase do ciclo menstrual, a lútea, que precede a menstruação.

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Entre as que sofriam de Transtorno Disfórico Pré-menstrual, a diminuição das atividades nervosas durante todas as fases do ciclo foi notadamente maior, verificaram os especialistas.


O pesquisador Tamaki Matsumoto disse que o mecanismo biológico por trás do Transtorno Disfórico Pré-menstrual ainda não está claro, mas ele acredita que as descobertas evidenciam que quanto menor a atividade do sistema nervoso, maiores as chances do aparecimento dos sintomas da TPM.


O professor Shaughn O’Brien, obstetra e ginecologista na Escola Médica da Universidade de Keele, na Grã-Bretanha, acredita que o estudo pode ajudar no tratamento da tensão pré-menstrual.

"Se o recente trabalho se provar clinicamente útil, terá o potencial de proporcionar um método não-invasivo para distinguir mulheres que sofrem de TPM de outras cujas alterações de humor não são motivadas por variações hormonais", disse.


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