Enquanto funcionários dos aeroportos decidem, em Brasília, se entrarão em greve na próxima quarta-feira (11), dois dias antes da abertura do Pan, o governo enfrenta a resistência das companhias para descentralizar as rotas de vôos nacionais e internacionais.
De acordo com informações do Jornal do Brasil e do Espaço Vital, os impasses acentuam a perspectiva de colapso, com atrasos e cancelamentos crescentes. A Aeronáutica recomendou ao Superior Tribunal Militar a abertura de processo contra cinco controladores acusados de comandar motim que paralisou os principais aeroportos do Brasil.
A greve anunciada pelos funcionários dos aeroportos, a partir desta quarta, se acontecer, será um superapagão a dois dias do Pan. Para pressionar o governo, a categoria - responsável desde a manutenção dos banheiros até manobras de pista - ameaça com uma estratégia que inclui até desligar propositadamente os painéis informativos dos terminais, multiplicando o martírio imposto aos passageiros
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Força-tarefa do governo
O governo iniciou, neste domingo (08), uma força-tarefa na tentativa de conter a greve, atacando em duas frentes. Em Brasília, o ministro da Defesa, Waldir Pires, deu o recado à Infraero - estatal subordinada à pasta, que administra os terminais: que resolva o impasse. Uma hora antes, em Campinas (SP), o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, encontrou-se com o presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), José Gomes de Alencar Sobrinho, e agendou uma reunião para esta terça (10), em Brasília.
Rejuste
Ainda segundo a publicação, tudo depende, no entanto, do Orçamento da União para este ano. Waldir Pires autorizou um reajuste salarial de 6%, mas esperava um sinal verde do Ministério do Planejamento. Por outro lado, os aeroportuários exigem 8,2% de reajuste para o período de abril a maio deste ano, e mais 33,25% sobre as perdas referentes ao Plano Real desde 1994, entre outros pontos.
O sindicato teria divulgado uma nota comunicando que está à disposição para negociar, mas não cancelou a greve. Enquanto o impasse continuava, o movimento ganhava força entre os aeroportuários.
Os aeroportos de Viracopos (Campinas), Cumbica (Guarulhos) e Eduardo Braga (Manaus) já confirmaram a greve. Já os aeroportos de Belo Horizonte (Confins e Pampulha) e do Rio (Galeão e Santos Dumont) devem anunciar também a paralisação nesta segunda.