Pelo menos 35 imigrantes morreram nesta segunda-feira (8) em dois naufrágios no Mar Egeu, ao largo da costa ocidental da Turquia, quando as embarcações em que seguiam tentavam alcançar as ilhas gregas da região, porta de entrada na Europa.
O primeiro naufrágio de uma embarcação que tentava alcançar a ilha grega de Lesbos deixou pelo menos 11 vítimas. O segundo incidente, que provocou 24 mortos, foi registado perto de Edremit, a norte de Dikili e na província de Balikesir.
Três passageiros da primeira embarcação foram socorridos pela guarda-costeira, enquanto quatro foram salvos no segundo naufrágio.
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As novas tragédias ocorrem no mesmo dia em que chanceler alemã, Angela Merkel, chega à Turquia, com o objetivo de pressionar os turcos a reduzir o fluxo de imigrantes em direção à Europa.
No final de novembro, Turquia e Bélgica assinaram um "plano de ação" que prevê uma ajuda europeia de 3 bilhões de euros às autoridades turcas em troca do compromisso de exercer um controle mais eficaz das fronteiras e combater os traficantes. Na quarta-feira, os países europeus aprovaram o financiamento desse novo plano.
A Turquia, que acolhe oficialmente cerca de 2,7 milhões de sírios e 300 mil iraquianos em fuga dos seus países em guerra, tornou-se num dos principais pontos de partida dos imigrantes que pretendem alcançar a Europa.
De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância e Educação (Unicef), quase 60% dos refugiados que chegam à Macedônia vindos da Grécia, após cruzarem o Mar Egeu, no Mediterrâneo oriental, são crianças e mulheres, constituindo a maioria dos migrantes, um fenômeno que até agora não tinha ocorrido, segundo a porta-voz da agência da ONU, Sarah Crowe.
No início de fevereiro, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) informou que, apenas em janeiro de 2016, 62.193 migrantes atravessaram o Mar Egeu para entrar na Grécia. No mesmo período, foi registada a morte de 60 crianças que tentavam atravessar o Mediterrâneo.
Em 2015, 270 jovens morreram afogados enquanto tentavam fazer travessia por mar. No total, a OIM contabiliza 368 mortos no Mediterrâneo.