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Em Milão

Justiça analisa caso de prostituta brasileira violentada

Redação Bonde
24 jan 2008 às 11:11

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A Justiça italiana realiza nesta quinta-feira (24) uma audiência preliminar sobre o caso da prostituta brasileira violentada por um cliente em julho passado, em Milão.

A audiência, marcada no Tribunal de Justiça de Milão, irá decidir os rumos do processo aberto no Ministério Público contra o empresário do ramo imobiliário Paolo Nessi, acusado de violentá-la no quarto de um hotel no centro de Milão, na noite do dia 22 de julho.

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O juiz encarregado, Giorgio Barbuto, irá ouvir os indiciados e decidir se Nessi deverá ser julgado em tribunal. Ele pode ainda apontar possíveis erros na investigação e pedir um novo inquérito ou tentar um acordo entre as partes.

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Segundo relatos da imprensa italiana, Nessi já teria tentado, informalmente, oferecido uma indenização à brasileira, que teria recusado a oferta.

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Depoimento


Segundo a promotoria, a brasileira, de 25 anos, cuja identidade é mantida em segredo pela Justiça, teria sido a quarta prostituta chamada por Nessi naquela noite. As três anteriores teriam deixado o quarto ao desconfiarem que ele não tinha o dinheiro combinado para o pagamento.

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Em depoimento à polícia italiana, a brasileira afirmou que, ao repetir a ameaça de ir embora caso ele não aceitasse pagar a quantia estipulada, acabou espancada e violentada. Ela afirmou ainda que foi estuprada várias vezes pelo cliente na mesma noite.


O inquérito ouviu ainda que Nessi chegou a descer na portaria do hotel para tentar conseguir dinheiro em espécie, em vão.

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Além do depoimento da brasileira, os policiais ouviram os funcionários do hotel e as outras três prostitutas.


Prisão

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Como resultado da investigação, a justiça emitiu um mandado de prisão cautelar e Nesso foi preso em Mantova, no dia 31 de julho. Ele foi liberado logo em seguida sob pagamento de fiança.


O inquérito sugere que Nessi era um cliente conhecido pelos funcionários do hotel cinco estrelas, com diárias a partir de 500 euros (R$1,3 mil).


Segundo relatos de policiais, os funcionários fechavam o frigobar do quarto para evitar que Nessi, conhecido pelos seus problemas com álcool, ficasse bêbado.

As informações são da BBC Brasil.


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