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Investigação

Justiça quebra sigilo de 26 no caso Banestado

Redação - Folha de Londrina
12 jul 2003 às 15:46

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Vinte e um laranjas, um doleiro e quatro instituições financeiras paraguaias - os cinco últimos donos de contas CC-5 (de não-residentes) em Foz do Iguaçu (PR) - tiveram o sigilo bancário e fiscal quebrado pela 4ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo.

A decisão, publicada sexta-feira, faz parte de ação cautelar de exibição movida pelo Ministério Público Estadual (MPE) para investigar o destino do dinheiro supostamente desviado da Prefeitura de São Paulo na construção da Avenida Água Espraiada.

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Segundo a promotoria, os alvos da ação são os últimos elos no Brasil do caminho feito pelo dinheiro até chegar à agência do Banestado de Nova York. O dinheiro faria parte dos US$ 30 bilhões que saíram ilegalmente do País entre 1996 e 1999 e foram parar em 137 contas do Banestado daquela cidade.

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Os documentos que os promotores Silvio Antônio Marques, Sérgio Turra Sobrani e José Carlos Blat, autores da ação, pretendem obter servirão de base para ação civil pública de improbidade administrativa no Brasil e para ações criminais contra os envolvidos nos Estados Unidos e na Suíça. O período investigado pelo MPE abrange as movimentações financeiras feitas entre 1993 e 2000.

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Os donos das contas CC-5 são os bancos del Paraná e Integracíon, as casas de câmbio Acaray e Tupi e Alberto Youssef - eles já tiveram o sigilo de suas contas no Banestado quebrado pela Justiça de Nova York.


O que se quer agora é obter o caminho do dinheiro antes de chegar ao Banestado, sabendo quem depositava nas contas CC-5. Além dos donos dessas contas, tiveram o sigilo quebrado empresas como a Split Corretora de Mercadorias e a Goldfactoring Fomento Mercantil, que, segundo o MPE, foram investigadas no escândalo da emissão de precatórios pela Prefeitura de São Paulo durante a gestão de Paulo Maluf (1993-1996).

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Em sua decisão, o juiz Luís Paulo Aliende Ribeiro dá prazo de 30 dias para que os bancos remetam os extratos ''de quaisquer contas ou aplicações financeiras, operações ou transferências internacionais'' dos investigados e ''cópias dos cheques administrativos, visados ou comuns por eles emitidos ou depositados com valores superiores a R$ 5 mil ou do equivalente a US$ 2 mil''. Por fim, manda a Receita Federal fornecer suas declarações de bens.


Obra emblemática da gestão Maluf, a Água Espraiada é investigada pelo MPE. Segundo a promotoria, a Prefeitura pagava duas construtoras, que contratavam subempreiteiras e recebiam delas notas frias. O dinheiro das notas ia para as contas dos laranjas que tiveram agora o sigilo quebrado e, depois, para as CC-5.


Só um dos laranjas, Rodolfo Castro Filho, depositou US$ 32 milhões em contas CC-5. O dinheiro seguia para o Banestado de Nova York, onde era depositado nas contas Lespan, Campari e Maria Rodrigues - de 1996 a 1997 passaram US$ 223 milhões por essas contas. De lá, os dólares iam para a Suíça e, depois, para a Ilha de Jersey, no Canal da Mancha.

A assessoria de Maluf informou que ele nunca teve conta no exterior. ''A ligação de Paulo Maluf com esses fatos é mais uma história da carochinha inventada pelo promotor Silvio Marques. Podem quebrar quantos sigilos quiserem e investigarem todas as contas que encontrarem que nada será achado contra o ex-prefeito porque não há nenhuma ligação dele com os fatos investigados'', disse Adílson Laranjeira, assessor de imprensa do ex-prefeito.


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