O Itamaraty anunciou nesta quarta-feira que uma menor de idade se tornou a terceira vítima civil brasileira do terremoto que atingiu o Haiti na semana passada.
A menina era adotada por uma família europeia e possuía dupla cidadania. Ainda segundo o Itamaraty, a pedido da família, seu nome e sua idade não podem ser revelados. Ela deve ser sepultada na Europa.
Com isso, sobe para 21 o número de brasileiros mortos na tragédia.
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Também nesta quarta-feira, o Comando do Exército anunciou a morte de mais um militar brasileiro.
De acordo com uma nota divulgada pelo Exército, foi identificado o corpo do major Márcio Guimarães Martins, que estava desaparecido desde o tremor.
Martins servia na Brigada de Infantaria Paraquedista e estava desempenhando a função de Oficial de Estado-Maior do Batalhão de Infantaria de Força de Paz do Haiti no 12º Contingente Brasileiro da Missão.
A morte do major fez subir para 18 o número de militares que faleceram no tremor.
Os outros civis mortos no tremor são a médica sanitarista e fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, e o diplomata Luiz Carlos da Costa, o número 2 da ONU no Haiti.
Soldados
Na segunda-feira, o Exército já havia anunciado a morte do tenente-coronel Marcus Vinicius Macedo Cysneiros, que atuava como observador militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah, na sigla em francês) e também do coronel João Eliseu Souza Zanin, que estava no país participando de reuniões de coordenação de pessoal.
A Minustah atua no Haiti desde 2004, e conta com 6,7 mil militares, 1,6 mil policiais, 548 civis estrangeiros, além de 154 voluntários.
Dentre os militares da missão das Nações Unidas, 1.266 são brasileiros.
Na terça-feira, os 15 integrantes, do Conselho de Segurança da ONU, incluindo o Brasil, aprovaram por unanimidade o envio de outros 3,5 mil soldados e policiais ao Haiti para ajudar a proteger os comboios humanitários.
O órgão da ONU, "reconhecendo as duras circunstâncias e a necessidade urgente de resposta", atendeu ao pedido feito na segunda-feira pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Os Estados Unidos escreveram o esboço da declaração que decidiu que a missão da ONU no país, a Minustah, "terá de um efetivo militar de 8.940 soldados de todas as patentes e uma força policial de 3.711 policiais".
Os soldados e policiais a mais devem permanecer no Haiti por seis meses.