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África

Mito sobre cura da Aids incita estupro de crianças

Redação - Folha de Londrina
27 out 2003 às 15:29

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Um mito está alimentando um crime hediondo no sul da África. Diz o seguinte: se alguém quiser ter sucesso no trabalho ou quiser se curar da Aids, precisa ter relações sexuais com uma menor de idade ou com uma de suas filhas.

O resultado: um aumento no número de casos de estupro de crianças, particularmente na Zâmbia, um país de 10 milhões de habitantes.

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Cerca de 20 por cento dos adultos do país estão contaminados com o vírus HIV. Aproximadamente 22 milhões de pessoas em todo o sul da África são portadores do vírus.

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Quase diariamente, jornais da Zâmbia publicam reportagens sobre o estupro de crianças.

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O vice-presidente do país, Nevers Mumba, diz que o crime tornou-se um problema sério, com mais de 400 casos registrados entre janeiro e junho deste ano. Em 2002, no mesmo período, o país registrou 238 casos.


Alguns culpam os curandeiros tradicionais, para os quais a maior parte da população apela em busca de conselhos sobre problemas de saúde, já que poucos têm dinheiro para pagar um médico.

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Segundo a conselheira para crianças vítimas de abuso junto à Associação Cristã de Moças (YWCA) em Lusaka (capital da Zâmbia), Ireen Nkuna, a YWCA teve contato com 110 casos de crianças estupradas entre janeiro e setembro deste ano. "Uma vez, tivemos o caso de um pai que estuprou a filha de 1 ano e meio", disse.


Nkunda disse que, segundo um estudo, os homens abusam de crianças após visitarem curandeiros que os aconselham a ter relações sexuais com uma filha ou com uma parente jovem a fim de aumentar suas chances de sucesso profissional.

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Em setembro, a história de uma garota de 11 anos que morreu após ter sido estuprada várias vezes por um meio-irmão chocou o país.


Rodwell Vongo, chefe da Associação de Curandeiros Tradicionais da Zâmbia, nega que seus integrantes estejam fazendo qualquer coisa de errado.

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Brenda Muntemba, porta-voz da polícia, responsabilizou as "leis brandas" da Zâmbia pelo aumento dos casos de estupro.


A maior parte dos condenados recebem penas de três meses a cinco anos de prisão, algo considerado insuficiente por advogados que defendem crianças.

Fonte: iG, parceiro do Bonde


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