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Protesto

Sem-terra acampam em frente à prisão onde Rainha está

Redação - Folha de Londrina
21 jul 2003 às 18:19

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Dez dias depois da prisão do líder do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), José Rainha Jr, 50 sem-terra acamparam em frente à penitenciária de Presidente Venceslau (620 km de São Paulo), considerada de segurança máxima, para protestar contra a prisão de Rainha.

José Rainha Jr. foi preso no último dia 11 pela quarta vez. Desta vez, o líder sem-terra é acusado de furto e formação de quadrilha durante a invasão da fazenda Santa Maria, em Teodoro Sampaio (672 km a oeste de São Paulo), em 2000.

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Rainha passou 14 dias preso em 1994, sob acusação de co-autoria em dois homicídios durante um confronto entre sem-terra e seguranças de um fazenda no Espírito Santo, no município de Pedro Canário (272 km de Vitória).

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No ano passado, Rainha foi preso duas vezes. Na primeira, ele passou 23 dias detido na Cadeia Pública de Presidente Venceslau. Ele era acusado de porte ilegal de arma.

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Em setembro no ano passado, Rainha foi preso acusado de formação de quadrilha.


Problemas - Rainha já teve diversos problemas com o juiz da comarca de Teodoro Sampaio, Atis de Araújo Oliveira, que decretou a sua prisão desta vez. O juiz é o mesmo que havia decretado a prisão de Rainha no ano passado.

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Rainha foi preso em setembro do ano passado a partir de um mandado de busca domiciliar assinado pelo juiz Oliveira.


Em novembro de ano passado, quando o alvará de soltura de Rainha chegou ao Fórum de Teodoro Sampaio às 10h30, o juiz Oliveira só encaminhou o documento para Presidente Venceslau, onde o líder sem-terra estava preso, no final da tarde.

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Oliveira se recusou a assinar o "ciente" no alvará para o advogado de Rainha, Hamilton Belotto Henriques, enviando fax para o fórum de Presidente Venceslau. A decisão do juiz fez com que o líder sem-terra só fosse libertado às 18h16.


Meses antes, Oliveira havia negado a revogação da prisão preventiva contra Rainha.

O juiz também transferiu Rainha de Teodoro Sampaio para o presídio da Polícia Civil em Presidente Venceslau. A defesa de Rainha, na época, disse que o juiz era parcial e tentava incriminá-lo e que a transferência era totalmente desnecessária.


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