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Longa jornada

Trabalhar mais de 40 horas faz mal à saúde, diz estudo

Redação Bonde
07 fev 2008 às 10:52

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Uma pesquisa do governo de Barcelona concluiu que uma jornada de trabalho de mais de 40 horas semanais causa danos físicos e emocionais à saúde, principalmente no caso das mulheres.

O estudo, que será publicado nesta semana na revista Scandinavian Journal of Work, Environment & Health, indicou que o excesso de horas de trabalho tem conseqüências como ansiedade, depressão e problemas cardíacos.

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Os pesquisadores acompanharam 2.792 pessoas de diversas profissões e classes sociais durante um ano.

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A Agência de Saúde Pública de Barcelona concluiu que as mulheres são as mais prejudicadas porque acumulam mais funções entre casa e trabalho e "emocionalmente respondem pior à pressão".

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Sono e ansiedade


De acordo com os cientistas, uma longa jornada de trabalho, a partir de 40 horas por semana, afeta os homens principalmente por meio de distúrbios no sono.

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Já as mulheres mostram mais sintomas como hipertensão, ansiedade, aumento de probabilidade de fumar, restrição de outras atividades de ócio e de prática de exercício e uma insatisfação geral. Também foram observados transtornos psíquicos e hormonais.


A pesquisa chamada Perspectiva de gênero na análise da relação entre longas jornadas de trabalho, saúde e percepção do próprio estado de saúde, demonstrou que os homens têm cargas horárias maiores: 30,4% deles disseram trabalhar por mais de 40 horas, contra 17,1% de mulheres.

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Mas as trabalhadoras dividem mais o tempo entre as tarefas domésticas e o trabalho fora de casa: 34,4% contra 9,2% de homens.


Classe

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Em relação ao nível sócio-econômico, as mulheres de classes mais baixas são as que trabalham mais horas.


No caso dos homens é o contrário. Quanto mais alto o cargo de responsabilidade e o status salarial, maior é a carga horária. Na mesma proporção aumentam os riscos de problemas de saúde, já que segundo o estudo, são trabalhadores que dormem menos de seis horas ao dia.

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Horas extras e falta de condições adequadas (baixos salários, excesso de pressão, carência de materiais, ambiente ruim) afetam a saúde das mulheres de pior qualificação profissional, principalmente do setor de serviços, segundo a pesquisa.


"As funcionárias de comércios, pequenas empresas, indústrias, bares e restaurantes são o coletivo mais vulnerável que precisaria de maior atenção pública em atividades de prevenção", afirmaram os cientistas.


O estudo indicou ainda que as mulheres separadas e divorciadas triplicam as horas de trabalho comparadas com os homens no mesmo estado civil.

As informações são da BBC Brasil.


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