Alunos do campus de Cascavel da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) realizaram, na manhã desta terça-feira, um protesto contra a falta de professores em vários cursos da instituição.
Aproximadamente 200 alunos invadiram o prédio da reitoria reclamando que, apesar das aulas do ano letivo de 2003 terem começado no último dia 5, muitas disciplinas ainda não contam com professores.
Apenas os cursos de Biologia e Engenharia Civil estariam com um déficit de dez professores.
Segundo o estudante de Biologia Rodrigo Tomazini, no final do mês de março foi realizado concurso público para contratação de professores com o objetivo de preencher as vagas ociosas. Segundo ele, existiam 117 vagas ofertadas, mas somente 70 candidatos foram aprovados.
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O problema, conforme o estudante, é que esses professores ainda não foram nem empossados. ''Eles não fizeram nem exame médico para começar a trabalhar. Acho que ainda vai demorar'', reclamou.
Tomazini disse que não existem números oficiais informando a quantidade exata de professores que precisam ser contratados, mas acredita que quase 250 profissionais precisarão ser admitidos para que os alunos tenham suas aulas normalmente.
''Não estamos exigindo nada que não seja de total direito dos alunos. É um absurdo chegar na sala de aula e não encontrar um professor'', ressaltou, frisando que o problema existe nos cinco campi e duas extensões da Unioeste.
O reitor Wilson Iscuissati afirmou que a preocupação dos alunos é natural e que a manifestação para contar com professores nas salas de aula ''é justa por ser uma obrigação da universidade oferecer um ensino de qualidade''.
Ele acrescentou que medidas estão sendo tomadas para resolver o problema. Sobre os 70 professores admitidos no concurso público, o reitor acredita que em 20 dias eles estarão trabalhando.
Iscuissati completou que na próxima sexta-feira será realizado um teste seletivo para contratação de outros 158 professores. Ele esclareceu que a deficiência é resultado de uma série de exonerações, demissões e aposentadorias de professores.
''Estamos fazendo uma reposição de vagas. Alguns casos são de turmas novas de cursos criados há dois anos'', concluiu.