Soluções para o desemprego e para a falta de vagas nas creches, construção de centros culturais, criação de secretarias e guarda municipal. Estas são promessas comuns nos programas eleitorais gratuitos dos candidatos a vereador de Londrina, veiculados pelo rádio e televisão.
Conforme o professor de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Ronaldo Baltar que analisou a pedido da Folha de Londrina os programas eleitorais veiculados durante a primeira semana de setembro embora parte do eleitorado veja com certa desconfiança o comportamento de políticos que muito prometem, a campanha de 2004 ''reforça a imagem do solucionador de problemas''.
''A campanha para vereador padece de dois problemas crônicos: falta de preparo e desinformação, tanto dos candidatos quanto dos eleitores. De maneira geral, a campanha a vereador é uma combinação das seguintes frases: sou médico, advogado, professor, cristão, sapateiro; tenho lutado pelos pobres, pelo bairro; vamos juntos lutar por saúde, segurança, emprego, educação; meu número é tal; meu nome é fulano; estou com o prefeito tal'', relatou. ''Este tipo de informação confunde e não permite que o eleitor possa diferenciar as propostas. O problema começa nas informações de referência. Exceto o nome, número e quem apóia, as referências não são claras. No horário gratuito, o nome dos partidos, com algumas exceções, só aparecem na chamada inicial feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nos cartazes e folhetos distribuídos, é raro achar o nome do partido ou da coligação. E este é um problema também dos candidatos a prefeito. Deveria ser o contrário. O eleitor deveria identificar-se com propostas partidárias e não com indivíduos. Qualquer projeto para a cidade será sempre uma combinação de ações do Executivo e do Legislativo. O eleitor deveria saber que votando em candidatos a prefeito e vereador de determinado partido ou coligação está votando em um projeto político'', complementou.

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Folha de Londrina