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Cavalos morrem por maus-tratos e exaustão em Curitiba

Maigue Gueths - Folha do Paraná
20 nov 2000 às 20:23

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A quantidade de denúncias de maus-tratos contra cavalos vem crescendo dia a dia em Curitiba. Uma amostra do descaso com que esses animais são tratados é o número de apreensões feitas pelo Canil Municipal nesse ano. Até setembro, foram pegos 237 cavalos abandonados vivos nas ruas da cidade, além de outros 87 mortos.

"Está aumentando o número de animais de grande porte apreendidos. O problema é que as pessoas não cuidam deles. Elas colocam o bicho para trabalhar até a exaustão e quando eles não têm mais energia nenhuma simplesmente os abandonam", diz a coordenadora de Controle de Zoonoses e Vetores da Secretaria Municipal de Saúde, Maria Elisabete Ferraz.

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Os maus-tratos aos cavalos são comprovados pelo professor universitário Paulo Cesar Krelling que, junto com sua esposa Susi Cristina, está formando um grupo de defesa dos animais. "Os cavalos de rua passam o dia sem comer, sem beber, apanham para andar. Eles ficam tão cansados que chegam a cair no meio da rua", diz.

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Uma das causas é a locação dos animais. O cavalo é alugado por uma pessoa para trabalhar por 12 horas. Ele fica todo esse tempo sem beber e comer.

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A crueldade contra os cavalos encontra exemplos que beiram o absurdo. É o caso de uma denúncia recebida pelo Canil Municipal, de um rapaz que estava amarrando o cavalo nos trilhos para que fosse atropelado por um trem.


"Quando o cavalo fica sem forças as pessoas tentam matá-lo", conta Maria Elisabete". O problema, para Krelling, é que normalmente o dono do cavalo desconhece como tratar do animal.

Segundo Maria Elisabete, nenhum animal é sacrificado. Eles são tratados com suplemento alimentar, medicados e permanecem dez dias no local. Caso não seja resgatado pelo dono, é encaminhado para entidades sem fins como lucrativos, como a Colônia Penal Agrícola entre outras.


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