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Conversas gravadas podem afastar juiz de Porecatu

Da Redação - Folha do Paraná
01 out 2001 às 21:05

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Os advogados Fábio Franz e Giovani Macedo protocolaram hoje (01/10) no Fórum de Porecatu (85 km ao norte de Londrina) um pedido de suspeição do juiz da comarca, Evandro Luiz Camparoto. Ele conduz o processo contra os sindicalistas Evanildo Pinto Rodrigues, Daniel Malaquias e Claudemir Arriero, de Londrina, acusados de extorquir R$ 200 mil da Usina Central do Paraná, produtora de açúcar e álcool.
Os dois advogados apresentaram uma fita com algumas gravações telefônicas em que o juiz estaria conversando com o diretor-geral da usina, Jaime Planas Navarro, sobre o caso dos sindicalistas. Na gravação, o juiz também estaria repassando instruções acerca do processo ao advogado de acusação, Haroldo Fernandes.
De acordo com Fábio Franz, pelo teor das conversas gravadas 'é evidente a amizade íntima e antiga que o juiz mantém com o diretor da usina'. 'É uma conversa de compadres', disse, referindo-se ao tom de intimidade e às brincadeiras que podem ser ouvidas na gravação.
O advogado não teme ser responsabilizado pelo fato de anexar no pedido de suspeição a prova de um grampo telefônico. Ele garantiu que não sabe quem são os autores das gravações, mas acha que o conteúdo é mais importante do que a forma com que elas foram obtidas. Camparoto tem 48 horas para julgar sua própria suspeição. Caso ele não se considere suspeito, quem julga é o Tribunal de Justiça, que pode afastá-lo ou não do processo.

* Leia mais em reportagem de Maranúbia Barbosa na Folha de Londrina/Folha do Paraná desta terça-feira

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