Dois grupos de trabalhadores rurais sem-terra entraram em confronto na manhã de ontem pela disputa da posse da Fazenda Pau D'Alho, em Ribeirão do Pinhal (57 km a oeste de Jacarezinho), no Norte Pioneiro. Segundo o Comando da Polícia Militar de Jacarezinho e de vizinhos da fazenda, integrantes de duas facções usaram armas durante o conflito. Duas pessoas foram ferida a bala, mas sem gravidade, e várias outras sofreram escoriações. A rodovia PR-218, próxima da fazenda, foi interditada até a chegada da polícia.
De acordo com o tenente-coronel Elói Antônio Reis, comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar de Jacarezinho, a tensão entre o grupo de sem-terra é grande há pelo menos um mês, quando a área começou a ser disputada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Norte do Paraná e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Segundo um dos líderes do movimento do Norte do Paraná, Pedro Xavier, o grupo de 100 famílias invadiu a Fazenda Pau D'Alho, de propriedade do advogado Newton Carneiro Júnior, há 120 dias. ''Depois de um mês, a Justiça determinou a reintegração de posse e nós saímos pacificamente. Desde então, estamos acampados na beira da estrada (a PR-218) aguardando a compra da fazenda pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra)'', explicou.
Mas no mês passado, a fazenda teria sido novamente invadida, desta vez por cerca de 400 famílias do MST. Segundo Xavier, o grupo do Norte do Paraná resolveu então voltar à propriedade na última terça-feira de forma pacífica. ''Conversamos com o pessoal do MST e decidimos que iríamos repartir as terras'', disse.
Ontem por volta das 5 horas, no entanto, ocorreu o confronto entre os grupos. Segundo Xavier, o pessoal do MST teria recebido reforço de sem-terra de outra invasão da região. ''Eram cerca de 50 e estavam armados. Nos expulsaram daqui e feriram um homem do grupo deles mesmo'', contou. Daniel Alves de Souza, 23 anos foi baleado no braço.
Um dos líderes do MST, grupo que até o meio dia de ontem estava na fazenda, rebateu as acusações. ''Nós invadimos a fazenda e quando eles entraram de novo, vieram com um grupo paramilitar para nos intimidar'', disse Rodrigo Duarte Casado. ''Mas ainda assim nós aceitamos a presença deles de volta. O que acontece é que a humilhação a que eles nos submeteram foi tanta que nós resolvemos expulsá-los daqui'', disse Casado, que não permitiu a entrada da reportagem da Folha na propriedade, alegando ''questões de segurança.''
O líder do MST, no entanto, negou que o grupo tivesse recebido reforço de outros sem-terra para o conflito. ''Também não usamos armas de fogo, só paus e pedras. Acho que conseguimos expulsá-los porque nosso grupo é bem maior'', explicou.
O comandante da PM acredita que o MST tenha realmente recebido reforço para o conflito, apesar de não ter encontrado armas de fogo no acampamento. ''Que um dos grupos, ou mesmo os dois, está armado, isto é fato, pois tivemos um baleado e encontramos cartuchos e balas no chão do acampamento'', descreveu. Ele também responsabilizou o proprietário da fazenda pelo conflito. ''O senhor Newton Carneiro pediu a reintegração de posse quando o grupo menor invadiu, e agora permite que o MST fique na fazenda. É claro que o grupo do Norte do Estado não iria aceitar'', comentou o comandante Elói Reis.
De acordo com o tenente-coronel Elói Antônio Reis, comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar de Jacarezinho, a tensão entre o grupo de sem-terra é grande há pelo menos um mês, quando a área começou a ser disputada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Norte do Paraná e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Segundo um dos líderes do movimento do Norte do Paraná, Pedro Xavier, o grupo de 100 famílias invadiu a Fazenda Pau D'Alho, de propriedade do advogado Newton Carneiro Júnior, há 120 dias. ''Depois de um mês, a Justiça determinou a reintegração de posse e nós saímos pacificamente. Desde então, estamos acampados na beira da estrada (a PR-218) aguardando a compra da fazenda pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra)'', explicou.
Mas no mês passado, a fazenda teria sido novamente invadida, desta vez por cerca de 400 famílias do MST. Segundo Xavier, o grupo do Norte do Paraná resolveu então voltar à propriedade na última terça-feira de forma pacífica. ''Conversamos com o pessoal do MST e decidimos que iríamos repartir as terras'', disse.
Ontem por volta das 5 horas, no entanto, ocorreu o confronto entre os grupos. Segundo Xavier, o pessoal do MST teria recebido reforço de sem-terra de outra invasão da região. ''Eram cerca de 50 e estavam armados. Nos expulsaram daqui e feriram um homem do grupo deles mesmo'', contou. Daniel Alves de Souza, 23 anos foi baleado no braço.
Um dos líderes do MST, grupo que até o meio dia de ontem estava na fazenda, rebateu as acusações. ''Nós invadimos a fazenda e quando eles entraram de novo, vieram com um grupo paramilitar para nos intimidar'', disse Rodrigo Duarte Casado. ''Mas ainda assim nós aceitamos a presença deles de volta. O que acontece é que a humilhação a que eles nos submeteram foi tanta que nós resolvemos expulsá-los daqui'', disse Casado, que não permitiu a entrada da reportagem da Folha na propriedade, alegando ''questões de segurança.''
O líder do MST, no entanto, negou que o grupo tivesse recebido reforço de outros sem-terra para o conflito. ''Também não usamos armas de fogo, só paus e pedras. Acho que conseguimos expulsá-los porque nosso grupo é bem maior'', explicou.
O comandante da PM acredita que o MST tenha realmente recebido reforço para o conflito, apesar de não ter encontrado armas de fogo no acampamento. ''Que um dos grupos, ou mesmo os dois, está armado, isto é fato, pois tivemos um baleado e encontramos cartuchos e balas no chão do acampamento'', descreveu. Ele também responsabilizou o proprietário da fazenda pelo conflito. ''O senhor Newton Carneiro pediu a reintegração de posse quando o grupo menor invadiu, e agora permite que o MST fique na fazenda. É claro que o grupo do Norte do Estado não iria aceitar'', comentou o comandante Elói Reis.