A Comec (Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba), do Governo do Estado, e a Urbs (Urbanização de Curitiba) convocaram a ACP (Associação Comercial do Paraná) para discutir o horário de funcionamento do comércio a fim de evitar aglomerações nos ônibus da capital e região metropolitana nos horários de pico.
Muitos lojistas não estão seguindo horários alternativos estabelecidos pela ACP, sobrecarregando o sistema de transporte em um momento em que é preciso manter os protocolos de distanciamento social por conta da pandemia do novo coronavírus. A reunião virtual será nesta sexta-feira (05), às 16h.
De acordo com o presidente da Comec, Gilson Santos, o pico no número de usuários no transporte metropolitano é no início da manhã, com o movimento das pessoas que usam o ônibus para trabalhar em Curitiba. Mas depois das 8h esse fluxo reduz para menos da metade.
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"Com um pequeno esforço, flexibilizando horários, o usuário vai encontrar um sistema totalmente diferente dos horários de pico e é essa compreensão que precisamos que todos tenham. Mas, infelizmente, não é o que estamos observando. Os patrões não estão olhando com a devida atenção neste momento de pandemia para estas pessoas", disse Santos.
Em Curitiba, a frota de ônibus opera com folga, mas mesmo assim tem registrado movimento de até 28 mil passageiros por hora em horários de pico, às 7h e 18h.
"A recomendação é que o comércio utilize horários alternativos. A reabertura é essencial para a economia, mas evitar a propagação da doença, especialmente agora com as temperaturas mais baixas, é uma responsabilidade que precisa ser partilhada também pelos empresários", diz o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto.
Segundo ele, o movimento geral do transporte coletivo se mantém bem abaixo do registrado antes da pandemia. Na última terça-feira (2/6) foram 260 mil passageiros no sistema. Antes da chegada do novo coronavírus, circulavam 756 mil pessoas por dia no transporte coletivo da cidade. "O movimento ainda está 65% abaixo de períodos normais. Mas operamos com 80% da frota para termos uma folga no sistema e evitar aglomerações", disse Maia Neto.