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Tragédia

Embaixatriz do Brasil encontrou corpo de Zilda Arns

Agência Estado
13 jan 2010 às 21:53

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O corpo da fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Zilda Arns, foi encontrado na manhã de quarta (13) pela embaixatriz do Brasil em Porto Príncipe, Roseana Teresa Aben-Athar Kipman.

Segundo relato de diplomatas brasileiros que acompanham a tragédia causada pelo terremoto de 7 graus na Escala Richter no Haiti, o corpo estava sob os escombros da sede de um projeto humanitário, cuja laje desabou.

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Uma assessora de Zilda Arns continua desaparecida.

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O senador Flávio Arns (PSDB-PR), sobrinho de Zilda, embarcou no final da manhã para o Haiti junto com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o embaixador do Brasil no país caribenho, Igor Kipman, em avião da Força Aérea Brasileira (FAB).

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Zilda Arns estava no Haiti como parte de uma série de visitas a países da região.


Vida e obra

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Irmã do cardeal-arcebispo emérito de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns, Zilda dedicou sua vida a trabalhos de solidariedade, apostando na educação como ferramenta para combate a doenças infantis e à desnutrição. Em 1983, a pedido do irmão, inciou os trabalhos da Pastoral da Criança, uma entidade que tem o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e atua em 27 países.


Um dos principais projetos que Zilda coordenava era o de Alimentação Enriquecida, que consistia em educar as populações carentes sobre meios de enriquecer a alimentação do dia a dia com alimentos disponíveis na região. Além da Pastoral da criança, Zilda Arns também estava envolvida na coordenação da Pastoral da Pessoa Idosa, e participava como representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no Conselho Nacional da Saúde e no Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).

Sua atuação rendeu diversos prêmios e homenagens no Brasil e no mundo, entre eles a comenda da Ordem do Rio Branco (2001), Prêmio de Direitos Humanos (2000), Personalidade Brasileira de Destaque no Trabalho em Prol da Saúde da Criança (conferido em 1998 pela Unicef), Heroína da Saúde Pública das Américas (conferido pela Organização Pan-Americana de Saúde em 2002), o prêmio Woodrow Wilson (2007), além de ter recebido o título de doutor honoris causa em cinco universidades. Em 2001, a Pastoral da Criança brasileira concorreu ao Prêmio Nobel da Paz, conferido ao então secretário-geral da ONU, Kofi Annan.


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