A tentativa de vender em classificados de jornal um autógrafo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por R$ 100,00 causou transtornos para a responsável pelo anúncio, uma estudante de Maringá. Pedindo para não ser identificada, ela contou que se decidiu pela venda porque não é militante petista e achou que colecionadores ou fãs ardorosos do novo presidente gostariam de adquirir o autógrafo.
A estudante só não imaginava a reação desagradável ao anúncio, publicado domingo passado, em um jornal local. Ela disse que algumas pessoas ligararam por curiosidade, mas outras com ofensas e agressões por terem considerado o anúncio de ''mau-gosto''.
Ela contou que conseguiu o autógrafo no dia 19 de setembro do ano passado, quando Lula esteve em Maringá gravando imagens na Cocamar para a propaganda política do primeiro turno das eleições.
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A estudante disse que mostrou a assinatura para colegas de escola e professores e como recebeu diversos pedidos para ''doação'', elogios e admirações pelo feito, achou que vender o autógrafo lhe renderia dinheiro. ''Nem pensei tanto no dinheiro, só achei que um admirador ou militante teria prazer em ter a assinatura do Lula'', disse a estudante.
Durante a conversa com a Folha, ela se mostrou com receio de conceder entrevista com fotos, chateada pelas ligações e até arrependida pela situação. ''Jamais imaginei tantas reações assim...só pensei que as pessoas, principalmente os fãs e petistas roxos, gostariam de ter o autógrafo do presidente'', afirmou.
Ela disse também que o pai ficou chateado com o caso porque é um petista de carteirinha e admirador incondicional do presidente e achou que a filha iria lhe dar o autógrafo e não colocá-lo à venda nos classificados. A estudante não detalhou todas as agressões sofridas, mas disse que entre as ligações, ouviu várias pessoas lhe perguntarem se a assinatura era verdadeira e se tinha reconhecimento de firma em cartório.
A estudante contou que não conseguiu vender o autógrafo e que também não pretende fazer um novo anúncio. Ela não quis dar o nome completo para a entrevista porque teme mais uma avalanche de indignações. ''Estou muito chateada com tudo isso'', completou a estudante.
* Leia mais na edição desta quinta-feira da Folha de Londrina