Mais de três mil pessoas deixaram de ser atendidas no HC por conta da greve. Apenas casos emergenciais foram atendidos, depois de consentimento da direção do hospital. "Os procedimentos mais graves de pacientes cujo tratamento só pode ser realizado pelo hospital foram mantidos. Mas são casos isolados. Estamos de portas fechadas e encaminhando pacientes para os hospitais Cajuru e Evangélico", informou o diretor-geral do HC, Luiz Carlos Sobânia.
É o caso do filho de 12 anos do policial militar Erasmo Carvalho, morador de Porto Velho (Rondônia). O garoto foi submetido há um mês, a cirurgia no cérebro por conta de crises de epilepsia. Como o procedimento foi realizado por neurologista do hospital, somente este profissional poderia verificar as condições da cirurgia. "Depois de muita insistência junto à direção conseguimos a liberação da consulta para o menino", contou o pai.
A mesma sorte não teve João Luiz Cassaniga, de 23 anos. Ele e a mãe, Rosemari, saíram de Palmas (Região Sul do Estado), onde moram, por volta da meia-noite de ontem. "Marcamos essa consulta há seis meses. Chegamos ao HC às 6 horas da manhã e nos deparamos com as portas fechadas. Meu filho sofre de epilepsia e faz tratamento com o mesmo médico desde os três anos de idade. Me disseram que agora terei que ver se consigo uma consulta no Cajuru", disse.
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Funcionários em greve permaneceram durante a manhã em frente ao HC barrando a entrada de pacientes. "Impedimos a entrada de vinte ambulâncias com pacientes hoje no hospital", contou Antonio Neris, presidente do Sinditest (sindicato que representa a categoria. O atendimento aos 340 pacientes internados no HC continua mantido.