As inscrições para o vestibular dos povos indígenas do Paraná serão encerradas no sábado. O concurso, que reserva vagas nas universidades federal e estaduais, impõe regras rígidas para garantir o acesso para quem realmente é da etnia. A falta de informação ainda gera queixas de índios que afirmam ter o direito de concorrer no sistema especial.
O sistema de reserva de vagas existe desde 2002. Cada universidade pública do Paraná destinava inicialmente três vagas para estudantes indígenas. Em 2006, uma lei estadual ampliou para seis o número de vagas em cada instituição.
Atualmente, são oferecidas 43 vagas, sete para a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e seis para cada uma das instituições estaduais: Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp). Para a UFPR, concorrem candidatos de todo o País e, para as estaduais, somente candidatos nascidos em comunidades indígenas do Paraná.
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A coordenadora do Vestibular Indígena e presidente da Comissão Universitária para os Índios (Cuia), Déa Maria Ferreira Silveira, explicou que é o cacique que define quem é ou não da tribo. Se o índio morar fora da reserva, a chancela deve ser do representante da Fundação Nacional do Índio (Funai). ''Não é nossa competência definir isso. Essa responsabilidade é do próprio cacique'', explica Déa.
Folha de Londrina