Os comerciantes do Litoral estão rindo à toa. O calor e as raras chuvas de janeiro garantiram um crescimento de 10% no movimento desta temporada de verão, superando a expectativa dos lojistas. Incluindo os dias de Carnaval, cerca de 2,2 milhões de pessoas passaram pelos municípios litorâneos, movimentando aproximadamente R$ 1 bilhão da economia local.
Para o superintendente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares, Casas Noturnas e Similares do Litoral Paranaense (Sindilitoral) Fábio Aguayo, o número de veranistas só não foi maior porque houve uma queda na quantidade de turistas da Argentina e Paraguai, que costumam frequentar a região. As principais causas, segundo ele, foram a queda no valor do dólar e a divulgação dos boletins de balneabilidade em pontos do Litoral.
Esta não foi a primeira temporada em que o Instituto Ambiental do Paraná, órgão ligado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente, faz o monitoramento de pontos mais críticos das praias e divulga os pontos considerados impróprios para banho. A divulgação dos resultados e demarcação dos pontos na praia, no entanto, causou protestos por parte de alguns comerciantes que achavam que as placas estariam afugentando banhistas.
Leia mais:
Parceiro da Escola: em dois dias, 23,5 mil pessoas participaram da consulta pública
Do CEEBJA à universidade: idosos de Londrina comemoram vaga no ensino superior
Defesa Civil do Paraná alerta para risco de fortes tempestades de sábado até segunda
Matrículas da rede estadual do Paraná para 2025 encerram nesta sexta-feira
Desde 26 de dezembro, o IAP divulgou boletins de balneabilidade semanalmente. Os trabalhos começaram com o monitoramento de 33 locais considerados mais críticos. Dia 8 de janeiro, só três desses pontos foram considerados próprios para banho.
No início de janeiro, o IAP aumentou para 48 pontos monitorados. Na última medição, em 15 de fevereiro, só 11 eram consideradas próprios. O IAP e Sanepar, no entanto, acreditam em uma melhoria sensível na qualidade das águas para a próxima temporada em função dos investimentos realizados em saneamento e construção de redes de esgoto no local.
Balanço parcial do Corpo de Bombeiros mostra que os veranistas ainda não aprenderam a respeitar as orientações dos guarda-vidas. Desde o início da Operação Verão, sem contabilizar os números dos dias de Carnaval, os bombeiros fizeram 45 mil advertências e orientações, 1,3 mil salvamentos, sendo que 11 resultaram em óbitos.