O Ministério Público (MP) pediu a prisão preventiva de um delegado e três investigadores acusados de torturarem o mecânico Carlos Ribeiro de Moraes no dia 27 de janeiro, na Delegacia de Furtos e Roubos, em Curitiba. O MP pediu ainda a abertura de ação criminal contra o delegado Hormínio de Paula Lima Neto e os investigadores de polícia Paulo Roberto Serafim, conhecido como Paulo Paulada, Walmir do Carmo Silva e Emir da Silveira. Até agora, a Justiça não se manifestou a respeito do pedido.
As investigações foram conduzidas pela Promotoria de Investigação Criminal (PIC), após denúncias de Moraes. Segundo o mecânico, os policiais o teriam abordado enquanto ele pilotova sua moto no Jardim Campo Santo, em Colombo (Região Metropolitana de Curitiba). Apesar da documentação da moto estar regular, ele foi algemado e levado à Delegacia de Furtos e Roubos.
Segundo Moraes, os policiais queriam forçá-lo a confessar a participação em uma quadrilha envolvida com roubo de cargas. De acordo com a denúncia, ele teria apanhado com uma ripa, além de ser torturado no pau-de-arara - o preso é amarrado pelos pés e mãos a uma haste, e forçado a ficar de ponta-cabeça durante a tortura. Pelo relatório da PIC, o mecânico foi liberado após sete horas de cativeiro, e foi ameaçado pelos policiais de novas torturas se denunciasse o caso.