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MPF proíbe enterro de resíduos vegetais na UHE de Mauá

Guilherme Batista - Redação Bonde
28 jul 2011 às 18:52

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- AEN/Arquivo
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O Ministério Público Federal (MPF) expediu recomendação ao Consórcio Energético Cruzeiro do Sul (Cecs) com a intenção de paralisar, de modo imediato, o enterro de resíduos vegetais na área do futuro reservatório da Usina Hidrelétrica de Mauá da Serra. A recomendação foi enviada também para o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e para o Ibama.

Segundo o procurador da República, João Akira, responsável pela recomendação, o consórcio autorizou o enterro dos resíduos vegetais na área mesmo sem a análise prévia dos órgãos de competência. "É por isso que enviamos a recomendação para o IAP e para o Ibama. A prática só vai voltar a ser feita mediante à apresentação de estudos, por parte dos dois órgãos, que autorizem e garantam que o procedimento não vai trazer prejuízos ambientais", explicou.

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A recomendação foi expedida depois que o MPF visitou a área de supressão de vegetação da UHE Mauá juntamente com representantes da UEL, da Funai e da ONG Meio Ambiente Equilibrado (MAE). A visita foi realizada em março de 2011. A recomendação, expedida na última quarta-feira (20).

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O procurador disse entender que a técnica utilizada na área do futuro reservatório pode gerar sérios danos à qualidade da água. Ele citou como exemplo o desastre que aconteceu na UHE da Serra do Falcão (GO), onde o enterro de resíduos causou a morte de quase 5 toneladas de peixes. "A possibilidade da prática ter gerado o desastre é muito grande. Queremos impedir que isso ocorra aqui também, na bacia do rio Tibagi", completou Akira, referindo-se às águas que abastecem grande parte da população de Londrina.

O Ibama, o IAP e o Cecs têm um prazo de cinco dias úteis para entregar ao MPF os estudos referentes à recomendação. Os órgãos foram notificados nesta quarta-feira (27).


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