A Central de Atendimentos do Corpo de Bombeiros (Cobom) de Londrina não tem conseguido atender todas as chamadas registradas nos últimos dias relacionadas a incêndios ambientais. A vegetação mais seca e o calor registrado nos últimos dias combinados com a baixa umidade do ar e a imprudência das pessoas são os principais fatores que tem elevado o número de chamadas. O problema é verificado nas regiões Norte e Oeste, onde o calor têm predominado. Só nos dois primeiros meses do ano, a Defesa Civil do Paraná registrou 1.096 focos de incêndio, 19% a mais que o número de atendimento em 2009 (881 casos).
O porta-voz do 3º Grupamento de Bombeiros de Londrina, tenente Rodrigo da Costa Teixeira, disse que desde o início da semana o Cobom tem registrado uma média de 100 ligações por dia e que a corporação tem priorizado os casos mais graves. ''Só hoje já atendemos pelo menos uns 20 focos de incêndios ambientais.''
Na tarde da última quinta-feira uma área grande próxima ao Lago Cabrinha, no Conjunto Milton Gavetti (Zona Norte), foi tomada por dezenas de focos de incêndio. Na tarde de sexta, nos fundos da Rua Japuíra, Jardim Bandeirantes (Zona Oeste) outro incêndio tirou o sossego dos moradores que precisaram acionar os bombeiros. Segundo a dona de casa Valdeci Gomes de Almeida, o fogo pode ter sido ateado por vizinhos para acabar com o mato alto. ''Passei mal porque minha casa ficou tomada pela fumaça. É ruim ter mato alto perto de casa, mas também é perigoso fazer esse tipo de coisa'', reclamou.
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Só nos dois primeiros meses do ano, a Defesa Civil do Paraná registrou 1.096 focos de incêndio, 19% a mais que o número de atendimento em 2009 (881 casos). ''Não é só o descarte indevido de bitucas de cigarros, por exemplo, mas principalmente a falta de consciência das pessoas. Muitos casos ainda estão relacionados à limpeza de terreno - as pessoas ateiam fogo para limpar as áreas, mas com esse tempo seco e muito vento, o fogo se espalha rapidamente'', explicou o tenente.
Umidade
A baixa umidade relativa do ar ocorre em todo o Paraná. Na Região Metropolitana de Curitiba, o índice ficou entre 50%, mas a região Norte e Oeste do Estado têm sido as regiões mais afetadas. Em Londrina, segundo o Instituto Tecnológico Simepar, a umidade média ontem estava na casa dos 26%, sendo que eles consideram 20% um índice bastante crítico.
Mas a situação deve melhorar neste final de semana, já que em todo o Estado estão previstas pancadas de chuva no domingo. Segundo o meteorologista Reinaldo Kneip, a presença das chuvas não diminui as altas temperaturas no Estado, mas já deve aumentar o índice de umidade.