O secretário de Ensino Superior (Sesu) do Ministério da Educação (MEC), Ronaldo Mota, visitará o campus da Universidade Federal do Paraná (UFPR), no Litoral, nesta segunda-feira. A visita acontece dias depois de a liderança de oposição na Assembléia Legislativa tornar públicas denúncias de que os cursos profissionalizantes e de graduação ofertados naquele campus estariam irregulares. A oposição protocolou, na sexta-feira, um pedido de informações ao MEC.
A base da denúncia dos deputados é a cópia do relatório de uma auditoria interna sobre o funcionamento do campus Litoral. Uma das constatações desse trabalho, concluído em maio, é a falta de registros no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), referentes à aprovação dos cursos ofertados. Para que os cursos sejam registrados é necessária a apresentação de alguns itens, como o projeto pedagógico, a constituição do colegiado de curso, a organização curricular, com as respectivas ementas, e o sistema de verificação de aproveitamento do aluno.
Um dos advogados da liderança da oposição à frente do caso, Gustavo Guedes, explicou que a questão levada ao MEC é para descobrir se as supostas falhas prejudicaram os estudantes que já se formaram pela UFPR Litoral.
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O reitor da UFPR, Carlos Augusto Moreira Júnior, pretende aproveitar a vinda de Mota para esclarecer o que seria um erro de interpretação por parte dos parlamentares em relação aos procedimentos internos da instituição. Ambos darão entrevista coletiva na tarde de segunda-feira para falar das atividades do campus Litoral e sobre a validação dos cursos.
Em entrevista à Folha, Moreira Jr. antecipou que a universidade tem autonomia para criar ou extinguir cursos. No caso dos cursos de graduação abertos inicialmente (Fisioterapia e Gestão Ambiental), a UFPR tem prazo até junho de 2009 para apresentar os projetos pedagógicos ao MEC, quando a primeira turma será graduada. ''Nós fizemos um pré-projeto e à medida que os professores foram contratados passaram a elaborar o projeto final do curso'', explicou.
Em relação aos cursos técnicos, que já formaram alunos do processo seletivo 2006/2007, o reitor assegurou que os projetos pedagógicos já têm registro no MEC e que os formandos receberam certificado de conclusão.
Folha de Londrina