Os servidores municipais da área da saúde de Curitiba, que estão em greve desde o dia 5, continuam acampados em frente à sede da Prefeitura após o Natal, apesar da liminar obtida pelo Executivo na última sexta-feira, para que as áreas públicas fossem desocupadas. O Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc) afirma que não foi notificado sobre a decisão judicial e que, portanto, "não há nenhum tipo de multa ao sindicato, nem possibilidade de recorrer da ação".
O Sismuc está acampado em frente à Prefeitura desde o dia 21. Além do acampamento, os servidores também realizam manifestações todas as manhãs em frente ao apartamento do prefeito Luciano Ducci (PSB), localizado no bairro Batel. Na noite de Natal, inclusive, a categoria fez uma espécie de "ceia improvisada" na frete da casa do prefeito, com panetones e velas pretas.
No despacho judicial, a juíza de direito substituta Carolina Delduque Sennes Basso, do Plantão Judiciário do Foro Central determina multa diária e R$ 10 mil em caso de nova perturbação.
Ao todo, 400 trabalhadores estão parados, entre psicólogos, nutricionistas, bioquímicos, farmacêuticos, veterinários e fonoaudiólogos. Eles se intitulam como "os excluídos" e reivindicam a redução da jornada para 30 horas semanais, a aexemplo das outras cinco categorias da área da saúde que tiverem esta direito concedido em projeto de lei proposto pela Prefeitura e aprovado pela Cãmara dos Vereadores.
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O projeto concedeu a jornada de 30 horas para 5 categorias (enfermeiros, técnicos em enfermagem, técnicos em higiene dental, auxiliares de consultório dentário e auxiliares), contemplando 6 mil trabalhadores, inclusive profissionais que atuam na câmara de vereadores. O que eles pedem é que as outras 39 categorias da área da saúde, com 1.165 trabalhadores, também sejam beneficiadas com o mesmo direito.