Uma equipe formada por sete técnicos do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Paraná (Crea-PR) vistoriou na manhã desta terça-feira o quilômetro 653 da BR-376, onde fica a ponte sobre a represa da Voçoroca. O trecho é considerado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) um dos mais perigosos das estradas do Paraná. No último acidente ocorrido no local, há cerca de 10 dias, cinco pessoas morreram depois que o veículo que elas ocupavam bateu na mureta de proteção, e caiu dentro da represa.
O que os técnicos do Crea querem é descobrir se existe alguma falha no projeto de engenharia ou na execução do projeto, naquele trecho. Isso porque, segundo levantamento da PRF, na maioria dos acidentes houve ''colisão contra objeto móvel'', que no caso é a mureta de proteção da ponte. Essa mureta já foi refeita várias vezes. O que agrava a situação é que a ponte está numa curva.
O gerente da Regional do Crea em Curitiba, Luiz César Moro, explicou que nesta terça-feira foi feito um levantamento planoautimétrico da região. Esse estudo vai mostrar, ponto a ponto, aquele trecho e apontar se existe distorção no traçado da curva. ''Vamos comparar o resultado desse levantamento com o projeto original para saber se há alguma distorção'', adianta.
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O Crea também solicitou à PRF e ao Instituto de Criminalística, dados sobre todos os acidentes ocorridos no local nos últimos cinco anos. ''Queremos saber, por exemplo, se quando esses acidentes ocorreram estava chovendo'', diz o engenheiro. Na visita de ontem os técnicos já puderam perceber que na cabeceira da ponte -sentido Santa Catarina-Curitiba- existe um local onde a água se acumula. Como no local não existem pontos de escoamento da água, a região acaba se transformando numa armadilha para os motoristas que trafegam naquele trecho.
O relatório com a conclusão dos técnicos do Crea deve estar concluído dentro de 15 dias.