A Justiça decidiu que o açougueiro Alan Borges, que confessou o assassinato da ex-esposa, a servidora estadual Sandra Curti, vai a júri popular. A decisão do juiz da 1ª Vara Criminal, Paulo César Roldão, saiu na noite da última sexta-feira (5). O homem está detido preventivamente desde 6 de julho, dia do crime. Ele será julgado por feminicídio com três qualificadoras: recurso que dificultou a defesa, motivo fútil e meio cruel.
Desde o início do processo, a defesa levantava a tese de que Borges teria desferido as facadas após supostamente ter sido provocado por Sandra. Para o magistrado, esse argumento não é válido. Segundo o laudo de necropsia do Instituto Médico Legal, ela foi golpeada com faca 22 vezes. Na Polícia Civil, o acusado disse que estava arrependido do que havia feito. Ainda não há data para o julgamento.
Em nota, o advogado Alexandre Aquino informou que "vê com naturalidade a decisão que levou o réu ao Tribunal do Júri. No entanto, discorda das qualificadoras impostas, porém, será objeto de discussão no plenário. Vale dizer que foi pedido pela família dela uma indenização ao Alan de três milhões de reais, o que ainda nem foi analisado pelo juiz".