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Delegados fazem eleições em clima de baixo nível

Israel Reinstein - Folha do Paraná
06 out 2001 às 13:40

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Mais de 500 delegados do Paraná participam da eleição, neste sábado, das diretorias da Associação de Delegados de Polícia do Paraná (Adepol) e do Sindicato dos Delegados de Polícia do Paraná (Sidepol). A disputa acontece em meio a uma briga interna, com muitas acusações e insultos pessoais.

A previsão do atual presidente das duas entidades, Ricardo Képes de Noronha, é que os nomes dos representantes eleitos da Adepol e Sidepol sejam divulgados na noite deste sábado. Noronha, que apóia as chapas de situação, foi acusado de ligações com o crime organizado quando da passagem pelo Paraná da CPI nacional do Narcotráfico. As acusações o derrubaram do comandoda Polícia Civil do Estado.

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Antes mesmo de começar a votação, os candidatos faziam boca de urna na sede da Adepol, onde foi realizada as eleições em Curitiba. Também houve votação em Londrina e Cascavel.

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O grupo que tinha o maior número de cabos eleitorais era o apoiado pelo delegado Ricardo Noronha, que apoia o delegado Fauzen Salmen Hussein (candidato a presidente da Adepol) e Valéria Pandovani de Souza (candidata ao Sidepol). Já os candidatos apoiados pelo governo estadual - Clóvis Galvão (que concorre à Adepol) e Luiz Antonio Zavataro (para o Sidepol) - não realizaram corpo-a-corpo.


Em conversas com os delegados presentes, Fauzen Salmen disse que pretende lutar para mudar o comando da Corregedoria da Polícia Civil, que é hoje é dirigida pelo delegado Adauto de Oliveira. Nesta semana, Salmen encaminhou uma denúncia à Promotoria de Investigação Criminal (PIC) contra Oliveira, na qual o acusa de ser torturador. O corregedor nega e vincula as acusações às investigações que vêm realizando de irregularidades cometidas pelo grupo do delegado Ricardo Noronha.

Já na disputa do Sidepol, cartas com assinaturas supostamente falsificadas foram distribuídas para delegados de todo o Estado. Disputam a presidência Luiz Antonio Zavataro (com apoio do secretário José Tavares) e Valéria Padovani (que tem o aval de João Ricardo Képes Noronha). As cartas eram contra Valéria.


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