A disputa pelo comando da Associação de Delegados de Polícia do Paraná (Adepol) polarizada entre os delegados Fauze Salmen e Clóvis Galvão, abriu uma crise na Polícia Civil do Paraná. Nesta quinta, o atual presidente da Adepol, João Ricardo Képes de Noronha, cabo eleitoral de Salmen, entrou com um pedido de investigação na Promotoria de Investigação Criminal (PIC) contra o corregedor da Polícia Civil, Adauto de Oliveira, que apóia Galvão. Noronha acusa Oliveira de abuso de autoridade e de ter torturado o preso Alexandre Almeida Barros na noite de anteontem, durante tomada de depoimento no 1º Distrito de Polícia.
O expediente com acusações contra o corregedor também foi encaminhado ao secretário de Segurança Pública, José Tavares, que não quis se pronunciar sobre o caso e ao delegado-geral Leonyl Ribeiro. A briga de Noronha e Oliveira é antiga. Os dois disputam poder dentro da polícia. Noronha é investigado por Oliveira sobre a suspeita de envolvimento no desmanche de carros. O auge da briga dos dois foi em março do ano passado, com a vinda da CPI do Narcotráfico para o Paraná. Noronha, então delegado-geral da Polícia Civil, foi afastado do cargo acusado de comandar um esquema envolvendo drogas. Nos bastidores, Noronha acusou Oliveira de municiar deputados da CPI.
Consta no pedido de investigação que Oliveira chegou no 1º Distrito, que tem como delegado titular Fauze Salmen, acompanhado de três investigadores e de uma moça não identificada. O corregedor teria então solicitado às delegadas Vanessa Alice e Sônia Baggio a presença do preso, a fim de o mesmo ser reinterrogado. Alexandre Almeida Barros tinha sido preso em flagrante minutos antes. "A partir de então, uma vez colocado o conduzido na sala ocupada pelo delegado de plantão, passaram a agredí-lo fisicamente e aos berros de vai falar, vai falar, torturavam-no’" diz o documento encaminhado ao procurador Dartagnan Abilhôa, que vai ouvir os primeiros depoimentos na segunda-feira.
A denúncia subscrita por Noronha diz ainda que Salmen tentou acalmar os ânimos, mas foi desautorizado pelo corregedor. Procurado pela Folha, Salmen não quis falar sobre o assunto.
Adauto de Oliveira acusou Salmen e Noronha de comandarem uma "jogada eleitoreira". "Estão querendo tumultuar. Tentam se passar por paladinos, mas têm antecedentes criminais, e muitos", afirmou. Oliveira disse que nem chegou a interrogar o preso. Segundo ele, o laudo de lesões corporais feito no preso não acusou nada.
O expediente com acusações contra o corregedor também foi encaminhado ao secretário de Segurança Pública, José Tavares, que não quis se pronunciar sobre o caso e ao delegado-geral Leonyl Ribeiro. A briga de Noronha e Oliveira é antiga. Os dois disputam poder dentro da polícia. Noronha é investigado por Oliveira sobre a suspeita de envolvimento no desmanche de carros. O auge da briga dos dois foi em março do ano passado, com a vinda da CPI do Narcotráfico para o Paraná. Noronha, então delegado-geral da Polícia Civil, foi afastado do cargo acusado de comandar um esquema envolvendo drogas. Nos bastidores, Noronha acusou Oliveira de municiar deputados da CPI.
Consta no pedido de investigação que Oliveira chegou no 1º Distrito, que tem como delegado titular Fauze Salmen, acompanhado de três investigadores e de uma moça não identificada. O corregedor teria então solicitado às delegadas Vanessa Alice e Sônia Baggio a presença do preso, a fim de o mesmo ser reinterrogado. Alexandre Almeida Barros tinha sido preso em flagrante minutos antes. "A partir de então, uma vez colocado o conduzido na sala ocupada pelo delegado de plantão, passaram a agredí-lo fisicamente e aos berros de vai falar, vai falar, torturavam-no’" diz o documento encaminhado ao procurador Dartagnan Abilhôa, que vai ouvir os primeiros depoimentos na segunda-feira.
A denúncia subscrita por Noronha diz ainda que Salmen tentou acalmar os ânimos, mas foi desautorizado pelo corregedor. Procurado pela Folha, Salmen não quis falar sobre o assunto.
Adauto de Oliveira acusou Salmen e Noronha de comandarem uma "jogada eleitoreira". "Estão querendo tumultuar. Tentam se passar por paladinos, mas têm antecedentes criminais, e muitos", afirmou. Oliveira disse que nem chegou a interrogar o preso. Segundo ele, o laudo de lesões corporais feito no preso não acusou nada.