A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta quarta-feira (9), três mandados de busca e apreensão no município de Cambé (Região Metropolitana de Londrina), em função de mandados emitidos pela 3ª Vara Federal de Maringá para dar início à operação Opus Novum.
Com apoio da Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social do MPS (Ministério da Previdência Social), a investigação, que teve início neste ano, foi motivada por indícios de fraudes apresentados pela Gerência do INSS em Londrina.
As denúncias apontavam a participação de uma servidora do órgão em um esquema criminoso que visava a obtenção de benefícios de salário-maternidade de forma ilegal, com inserção de dados falsos nos sistemas do INSS e/ou o simples desrespeito aos requisitos mínimos para o benefício, com sua implantação indevida.
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A citada funcionária ainda era auxiliada por familiares, que constituíram empresas usadas para aliciar seguradas em todo o território nacional.
De acordo com a Coordenação-Geral de Inteligência do MPS, foram identificados prejuízos de mais de R$ 286 mil, tendo em conta somente 50 processos de benefícios analisados como paradigmas.
Os envolvidos responderão pelos crimes de estelionato previdenciário, advocacia administrativa e organização criminosa, com penas máximas que, somadas, podem chegar a mais de quatorze anos de reclusão.
OPERAÇÃO OPUS NOVUM
A expressão “Opus Novum”, do latim "trabalho novo" ou "ocupação nova", denominou a operação porque seus investigados mudaram de ramo de atividade desde a época em que intermediavam os benefícios ilegais, tendo inclusive dois deles migrado para o exterior.
A servidora pública que operava o esquema, inclusive, atualmente trabalha em um setor diferente daquele que ocupava quando praticou as ilegalidades.