O ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta foi preso, nesta segunda-feira, por desacato à autoridade, por ordem do presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Banestado, após um áspero diálogo entre os dois.
O presidente da CPMI, senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), perguntou a Pitta se ele manteria silêncio se perguntado se era corrupto, ao que o ex-prefeito contrapôs: "E se eu indagasse de Vossa Excelência se o sr. continua batendo na sua mulher, o sr. responderia?"
Pitta compareceu para depor perante a comissão amparado por uma liminar do ministro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal, de que poderia permanecer em silêncio para evitar responder a perguntas que o auto-incriminassem e que, em conseqüência, não poderia ser preso, nem ser considerado desrespeito aos trabalhos da comissão o seu silêncio.
Após consultar membros da comissão e a assessoria jurídica do Senado, Paes de Barros entendeu que o desacato à autoridade não estava amparado pela liminar.
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Como último membro da comissão a inquirir o ex-prefeito, Paes de Barros demonstrou certa contrariedade com a maneira como o depoente recusava-se sistematicamente a responder às perguntas, a certa altura, houve o diálogo que levou à decisão da prisão.
Informações da ABr