O Ministério Público denunciou nesta sexta-feira à Justiça cinco policiais militares por suspeita de tortura e tentativa de homicídio com emprego de crueldade, torpeza e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Os cinco são acusados de atear fogo em um adolescente detido em um módulo policial, em janeiro deste ano, no centro de Curitiba.
Os denunciados são o sargento Edgar Antunes de Souza e os soldados Odair José Bonczkowski, Joel Fernandes de Lima Filho, Samuel Ribeiro da Silva e Osvaldo Penenanete.
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Eles estão presos no quartel do Batalhão da Polícia de Guarda. Segundo a denúncia, Silva e Lima Filho detiveram um adolescente de 15 anos por suspeita de furto em um semáforo e o levaram ao módulo policial, onde algemaram o garoto e o agrediram com socos e um bastão de madeira.
Por ordem do sargento, segundo a denúncia, Penenanete teria jogado tíner no garoto. Na sequência, ateou fogo em um papel e o arremessou contra o corpo do adolescente, provocando queimaduras de segundo e terceiro graus.
O quinto PM teria assistido à cena sem interferir. Desde então, o adolescente está internado no Hospital Evangélico de Curitiba. A Agência Folha não conseguiu contato com os acusados, nem com seus advogados.