Agentes da Polícia Federal de São Paulo detiveram nesta sexta-feira no aeroporto de Congonhas o assessor parlamentar José Adalberto Vieira da Silva, 39, com R$ 200 mil em uma valise e US$ 100 mil presos ao corpo, na cueca. Adalberto trabalha para o deputado estadual cearense José Nobre Guimarães (PT), irmão do presidente do PT, José Genoino, e membro do Diretório Nacional do partido.
Segundo a PF, os R$ 200 mil na maleta de Adalberto foram flagrados pelo aparelho de raios X do aeroporto. Adalberto teria explicado que os R$ 200 mil eram pagamento de verduras que havia vendido na Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo), porque era agricultor.
E quanto aos US$ 100 mil acomodados ao corpo, dentro da cueca, Adalberto argumentou que só falaria sobre a origem do dinheiro em juízo.
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O assessor parlamentar foi preso no mesmo dia em que se discutiu, em reunião do Campo Majoritário do PT em São Paulo, o futuro de José Genoino na presidência do partido. A notícia caiu como uma bomba entre os petistas reunidos na capital paulista. Chegou a circular entre eles a informação de que Adalberto seria alguém infiltrado no partido e que sua prisão teria o objetivo claro de prejudicar a imagem do partido.
Adalberto, que embarcava rumo a Fortaleza, em um vôo com escala em Brasília, foi preso por violar a legislação relativa aos crimes contra o sistema financeiro e contra a ordem tributária. Os artigos das leis utilizados pelos policiais federais para enquadrá-lo se referem à omissão de informação ou à apresentação de informação falsa às autoridades.
Fonte: Folha de S. Paulo