A polícia acredita ter identificado os dois assassinos do agente penitenciário Luciano Aparecido Amâncio, morto durante a última rebelião na Penitenciária Central do Estado (PCE) em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba, no mês passado. Eles foram denunciados por dois detentos da PCE, que também acusaram agentes penitenciários de facilitar a entrada de armas, drogas e celulares no presídio.
Os dois presos, Johnny Ricardo de Freitas e Gilberto Monte Leones, acusados de participação na rebelião, prestaram depoimento na Delegacia de Homicídos. Freitas acusou Solismar Ferreira, que está detido na PCE, e Márcio Machado Pereira, que foi transferido para Mato Grosso após a rebelião, de terem assassinado o agente penitenciário por ele não ter conseguido abrir o portão para liberar os presos. Freitas disse que viu Ferreira com com um estoque (espécie de arma cortante improvisada) manchado de sangue e dizendo que tiveram que matar um funcionário. Ele teria ouvido também que Pereira havia ajudado a matar o agente.
De acordo com o delegado Agenor Salgado, o depoimento confirma informações que a polícia já tinha. "Agora com tudo oficializado, podemos indiciá-los em inquérito." Os dois detentos serão ouvidos nos próximos dias. O depoimento de Freitas inocentou o preso José Reginaldo Repecki de ter assassinado o agente. Ele contou que Repecki foi morto a mando do comando do PCC (Primeiro Comando da Capital) por assaltar as galerias. Já o depoimento do outro preso, Leones, diz que Repecki foi assassinado no lugar de Ferreira e Pereira, que seriam do comando do PCC.
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Os dois detentos também acusaram três agentes penitenciários de facilitarem a entrada de drogas, armas e celulares na PCE. O delegado Salgado disse que os agentes podem ser indiciados em inquérito se comprovadas as denúncias. "Pelo fato de deixarem entrar as armas é que foi possível a rebelião e, por consequência, as mortes na PCE."