Assaltantes armados com metralhadoras e pistolas com silenciadores levaram, na madrugada desta segunda-feira, mais de R$ 600 mil em herbicidas da Usina de Álcool e Cana-de-Açúcar Alto Alegre, localizada no distrito de Alto Alegre, em Colorado (85 km ao norte de Maringá).
A quadrilha, com cerca de 10 integrantes, chegou na usina por volta das 2 horas.
O porteiro foi rendido por quatro homens que chegaram em um Fiat Uno.
Em seguida, os demais integrantes invadiram o local e estacionaram um caminhão para carregar as caixas com herbicidas. Os produtos são de uso exclusivo em lavouras de cana-de-açúcar.
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Os homens estavam encapuzados, mas também utilizavam camisetas para esconder a cabeça e não permitiam observações dos funcionários. Segundo a polícia, a ordem era para que os oitos funcionários rendidos mantivessem a cabeça abaixada. Ninguém ficou ferido e nenhum tiro foi disparado, apesar das constantes ameaças.
Segundo o delegado de Colorado, José Luís Moron, a ação dos assaltantes demonstra que a quadrilha é especializada, além de bem organizada os assaltantes não deixaram nem as bitucas de cigarro que fumaram no local e conhecedora do sistema de funcionamento da usina.
Moron disse que um funcionário contou que um dos integrantes da quadrilha ''sabia bem o que queria'' e apontava quais as caixas de herbicida deveriam ser carregadas para o caminhão.
''Quando o porteiro foi rendido, um dos bandidos já pediu para ir direto ao depósito'', afirmou o delegado. O carregamento levou cerca de uma hora e meia.
Após o roubo, os assaltantes obrigaram os funcionários a entrar em uma kombi da usina que foi abandonada, por volta das 6 horas, em um canavial na divisa com o município de Santa Fé.
''Os assaltantes deram um tempo entre o assalto e o abandono dos funcionários para facilitar a fuga do caminhão'', disse Moron.
Conforme o delegado, a polícia está tentando obter informações de outros locais que também sofreram este tipo de ação, mas até o final da tarde desta segunda-feira não tinha nenhuma pista dos assaltantes. Para Moron, é quase certo que a quadrilha não seja do Paraná.