O advogado do governador Beto Richa (PSDB), Renê Dotti, culpou, em entrevista à rádio CBN Londrina, o ex-secretário estadual de Segurança Pública, Fernando Francischini, pelo excessos registrados durante a ação policial do último dia 29, quando mais de 200 pessoas ficaram feridas no entorno da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) enquanto os deputados aprovavam o projeto de lei que alterou o sistema de custeio do ParanaPrevidência, o fundo previdenciário do funcionalismo estadual. "A partir do momento que o governador atribuiu uma tarefa funcional ao secretário, toda a responsabilidade (em relação à ação policial) passa a ser dele", argumentou Dotti.
O defendor afirmou, ainda, que o governador não deve responder pelos excessos. "A responsabilidade é do secretário e do comando da Polícia Militar", completou. Vale lembrar que Francischini pediu para deixar o cargo após o episódio do último dia 29.
O advogado de Richa revelou, também, que chegou a pedir para que o governador adiasse a discussão e a votação do projeto do ParanaPrevidência na Assembleia, com o objetivo de evitar o protesto dos servidores. "Ele disse, no entanto, que não podia fazer isso justificando que se a iniciativa não fosse aprovada no mês de abril, o governo não teria dinheiro em caixa para pagar os salários dos servidores em maio", alegou o defensor.
Leia mais:
Câmara de Cambé poderá aumentar número de cadeiras a partir de 2029
Vereadores aprovam projeto de lei para receber 13° salário em Cambé
Assembleia Legislativa recebe oito mil sugestões de paranaenses para orçamento
Câmara de Londrina vota nesta terça-feira Projeto de Lei que atualiza parcelamento do solo
Dotti também defende a primeira-dama Fernanda Richa no caso em que ela é acusada de exigir dinheiro de auditores da Receita Estadual em troca de promoção. A informação veio à tona na última semana após a divulgação do teor de uma denúncia anônima por parte do Ministério Público (MP). O advogado criticou o fato de a informação ter sido revelada. "O MP foi negligente quando deixou vazar a existência de uma denúncia anônima, que é a mais torpe das denúncias", disparou. (com informações da rádio CBN Londrina)