O advogado Gilberto Baumann de Lima (defensor do ex-presidente da Sercomtel, Rubens Pavan) promete entregar nesta sexta-feira (18/05) à Justiça uma ata que teria sido elaborada pelo Conselho de Gestão Fiscal (Cogefi) em 1998, dando ao ex-prefeito, Antonio Belinati (sem partido), o poder de decidir, sozinho, como gastar os R$ 186 milhões, referentes à venda das ações da Sercomtel. É uma tentativa de amenizar a situação de Pavan, acusado pelo Ministério Público (MP) de envolvimento com o desvio de R$ 1,7 milhão da Comurb. O dinheiro saiu do Cogefi, órgão criado para gerenciar os recursos provenientes da venda de 45% das ações da Sercomtel.
Baumann alega que na época, Pavan (que integrava o Cogefi) recusou-se a assinar a ata por entender que o Conselho fora criado para definir como deveriam ser aplicados os recursos. Segundo Baumann, além de não ter assinado a ata, Pavan manteve o documento original em seu poder. Baumann diz que os demais membros do Cogefi assinaram a ata.
O advogado manteve cautela e preferiu não comentar se o documento poderia incriminar Belinati. Segundo Baumann, o documento demonstra que Pavan não teria responsabilidade sobre os gastos feitos com o dinheiro do Cogefi.
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Também na sexta à tarde, o juiz Arquelau Ribas - responsável pelo processo - deve interrogar Wilson Mandelli (ex-secretário de Administração), Ismael Mologni (ex-secretário de Fazenda) e Eduardo Duarte Ferreira, que integrava o Cogefi.
* Leia mais em reportagem de Lino Ramos na edição da Folha de Londrina/Folha do Paraná desta sexta-feira